São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 2002

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Para técnico, pressão pesou em sua saída

DO ENVIADO A FORTALEZA

Depois de afirmar que deixou a seleção para se dedicar à família e tentar pôr em prática o sonho de trabalhar na Europa, Luiz Felipe Scolari apresentou ontem outro motivo para a saída. Segundo ele, a pressão que sofre o ocupante do cargo pesou na sua decisão.
O técnico deu como exemplo Carlos Alberto Parreira, que abriu mão de seguir na seleção após a conquista do tetra.
"Vocês têm que perguntar ao Parreira por que ele não ficou. Eu não sou nada diferente disso. Também sou de carne e osso. Ele sabe bem o que é pressão. Eu também sei", disse.
Só que, diferentemente de Parreira, que disse cogitar assumir um cargo de direção técnica na seleção, Scolari afirmou que isso jamais passou por sua cabeça. "Jamais serei consultor, porque não é do meu jeito de trabalhar, não é do meu estilo. Para isso, você precisa ter uma capacidade que eu não tenho, meu negócio é campo."
O técnico reafirmou a possibilidade de reassumir a seleção, mas cogitou simultaneamente -e pela primeira vez- jamais voltar ao time. "Vou fazer aquilo a que me propus até o final de novembro, dezembro, tentando ir trabalhar na Europa. Não escondo que tenho admiração e amizade pelo presidente [da CBF, Ricardo Teixeira]. No dia em que ele precisar de mim, estarei à disposição. Mas isso pode ser daqui a um ano, a dois anos, ou nunca mais."
Sobre a falta que os jogadores da seleção lhe farão e as lições que tirou do contato com o time, Scolari declarou: "Ficou a imagem de um grupo que trabalha bem, forte e que tem muita disciplina, muita amizade. Fica o exemplo de um grupo muito unido". (FV)



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