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Para técnico, pressão pesou em sua saída
DO ENVIADO A FORTALEZA
Depois de afirmar que deixou a seleção para se dedicar à
família e tentar pôr em prática
o sonho de trabalhar na Europa, Luiz Felipe Scolari apresentou ontem outro motivo para a
saída. Segundo ele, a pressão
que sofre o ocupante do cargo
pesou na sua decisão.
O técnico deu como exemplo
Carlos Alberto Parreira, que
abriu mão de seguir na seleção
após a conquista do tetra.
"Vocês têm que perguntar ao
Parreira por que ele não ficou.
Eu não sou nada diferente disso. Também sou de carne e osso. Ele sabe bem o que é pressão. Eu também sei", disse.
Só que, diferentemente de
Parreira, que disse cogitar assumir um cargo de direção técnica na seleção, Scolari afirmou
que isso jamais passou por sua
cabeça. "Jamais serei consultor,
porque não é do meu jeito de
trabalhar, não é do meu estilo.
Para isso, você precisa ter uma
capacidade que eu não tenho,
meu negócio é campo."
O técnico reafirmou a possibilidade de reassumir a seleção,
mas cogitou simultaneamente
-e pela primeira vez- jamais
voltar ao time. "Vou fazer aquilo a que me propus até o final
de novembro, dezembro, tentando ir trabalhar na Europa.
Não escondo que tenho admiração e amizade pelo presidente [da CBF, Ricardo Teixeira].
No dia em que ele precisar de
mim, estarei à disposição. Mas
isso pode ser daqui a um ano, a
dois anos, ou nunca mais."
Sobre a falta que os jogadores
da seleção lhe farão e as lições
que tirou do contato com o time, Scolari declarou: "Ficou a
imagem de um grupo que trabalha bem, forte e que tem
muita disciplina, muita amizade. Fica o exemplo de um grupo muito unido".
(FV)
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