São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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FUTEBOL

Luis Fabiano, titular contra o Atlético-PR, hoje, é único dos novos contratados em situação confortável no clube

São Paulo luta contra má fase de reforços

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Clube paulista que mais investiu em contratações para o Brasileiro, o São Paulo sofre com o baixo rendimento de seus novos atletas a ponto de deixar a metade deles fora do jogo de hoje, contra o Atlético-PR, às 16h, em Curitiba.
Dos seis contratados, apenas Luis Fabiano, Ricardinho e Régis devem começar a partida. Porém, o único que emplacou até agora é Luis Fabiano, artilheiro do time no Nacional com sete gols. Ricardinho e Régis vivem uma situação bem desconfortável.
Entre os outros contratados, o lateral-esquerdo Jorginho perdeu a vaga para Gustavo Nery e fica na reserva, ao lado do atacante Leandro, enquanto Ameli não estará nem no banco.
Segundo o técnico Oswaldo de Oliveira, o fato de alguns dos reforços ainda não estarem na melhor forma física tem atrapalhado o time, que faz campanha irregular na competição. Perdeu os três últimos jogos fora de casa.
"Alguns atletas não chegaram aqui nas melhores condições físicas, como o Ricardinho e o Leandro, mas com o tempo eles vão se ajustar", afirmou o treinador.
O jogo de hoje representa mais uma chance para o meia Ricardinho justificar a empolgação da torcida após sua contratação.
Para contar com o ex-corintiano por quatro anos, o São Paulo gastará R$ 16 milhões. Mas o desempenho do atleta, que retorna hoje, até agora é pouco animador.
Já em seu terceiro jogo, contra o São Caetano, ele se contundiu. Além disso, o São Paulo só venceu uma das três partidas que fez com ele, perdendo as outras duas.
"Fiquei um tempo parado antes de chegar ao São Paulo e isso me prejudicou", disse o meia, que não terá a companhia de Kaká, suspenso com três amarelos.
Também no time titular, o zagueiro Régis é outro que ainda tenta justificar a sua contratação.
Na derrota para o Bahia, na última quarta-feira, cometeu um pênalti ao tocar a bola com a mão e foi driblado no primeiro gol.
Mas a contratação que mais frustrou a torcida até agora foi a de Ameli. Ele fez três jogos e foi expulso duas vezes. Depois, perdeu espaço no time. Ele vive um conflito com a diretoria, pois exige receber o seu salário livre de impostos, alegando que isso foi combinado. Os dirigentes negam.
No ataque, Leandro já foi vaiado pela torcida. Nos seis jogos de que participou, a maioria entrando no segundo tempo, fez um gol. Para piorar, ele faz em média 1,2 finalização por jogo, contra 2,8 de Luis Fabiano, e 2,4 de Reinaldo.


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