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POR QUÊ?
Briga escancara a crise que assola o futebol carioca
DA SUCURSAL DO RIO
A briga de Romário ontem
escancarou o caos do futebol
carioca. No Brasileiro, confusões entre atletas e torcedores,
salários atrasados, estádios vazios, dirigentes sem comando e
dívidas de mais de R$ 100 milhões são parte da rotina de Flamengo, Vasco e Fluminense.
Antes candidatos cativos ao
título do Nacional, os três são
coadjuvantes no deste ano e só
ambicionam fugir da Série B.
"Nós estamos indo por um
caminho perigoso. Não sei onde pode terminar isso tudo. A
coisa está péssima, está caótica", disse o técnico da seleção
brasileira, Carlos Alberto Parreira, um dos responsáveis pela
subida do Fluminense em 1999.
Nas Laranjeiras, a situação é
desesperadora. Com quase três
meses sem pagar os atletas e
com o time na zona de rebaixamento, o presidente David Fischel apela para ajuda governamental. "A situação está terrível para todos no Rio. Os governos precisam nos ajudar financeiramente. Caso contrário, o problema pode ficar mais
difícil", disse ele, que administra dívida de R$ 100 milhões.
No Vasco, a situação também
é preocupante. O técnico Mauro Galvão não esconde que teme pelo rebaixamento do time.
Sem dinheiro em caixa e com
dívidas que rondam os R$ 100
milhões, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, está engolindo desaforos dos jogadores.
No Flamengo, que deve cerca
de R$ 200 milhões, o caos também impera. Mesmo com o time em 12º lugar, o clube vive
graves problemas administrativos. Há cerca de uma semana,
o técnico Oswaldo de Oliveira
se demitiu. Alegou falta de estrutura para trabalhar, além de
não ter recebido nenhum dos
quatro meses de salário. Baratas tomam conta do vestiário
da Gávea. "O Flamengo é um
amor na minha vida, mas a Gávea é um lugar difícil para trabalhar", disse Oliveira.
(SR)
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