São Paulo, domingo, 22 de outubro de 2006 |
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Eles também fazem a F-1 Cinderela à italiana
Nenhuma mulher é tão
admirada no paddock
quanto a italiana Denise
de Santi, 25, que serve café, lava a louça e limpa as
mesas da BMW, em seu
primeiro ano na F-1. Para proteger, servir e estudar
O austríaco Jochen
Kyslik, 29, é segurança da
outrora vitoriosa McLaren, hoje apenas coadjuvante do Mundial. Encravada entre as hiperassediadas Ferrari e Renault,
sua garagem é um oásis de
paz. "Não diga assim;
quando Raikkonen passa,
juntam muitos fotógrafos", diz o estudante de
economia internacional,
que banca assim seus estudos. Desde 97 na F-1,
era fã do compatriota
Gerhard Berger. "Foi o último playboy da F-1." A dupla autocolante da Honda
"Sinceramente, não sei qual é o nome da nossa função. Pode chamar de garotos-do-adesivo, ou de pé-no-saco", conta o inglês John Dickens, 39, fã de Iron Maiden e AC/DC, como seu conjunto de cabelo-e-bigode
não esconde. Ao lado do careca Simon Grant, 33, que
gosta de bandas mais pop, como Oasis e Travis, Dickens tem apenas uma tarefa neste GP. "Basicamente,
nós colamos os adesivos nos carros", explica Dickens,
que viajou somente para as três últimas corridas da
temporada. E a tarefa demora. "Na quinta-feira, ficamos de 9h às 18h colando, porque temos que esperar
que as peças sejam montadas. Não dá para fazer tudo
sem parar", explica ele, que viajaria hoje na hora do almoço. Sim, além de só colar os adesivos, ele e Grant
não verão o GP. E esse cabelo? "Gosto de heavy metal
desde garoto. Não mudei de cabeleireiro desde então",
declara Dickens, com fino humor inglês. A "trattoria" da Ferrari
No tradicional time
italiano, massa ("pasta", em italiano) não é
apenas um sobrenome
de piloto. É a base de
todo o cardápio sob responsabilidade de Gianfelice Guerini, 42, que
só soube ontem da
coincidência. "Fazemos
culinária italiana variada, "pasta" ao pomodoro, "pasta" ao molho
branco", afirma o ex-cozinheiro de Minardi,
Scuderia Italia e Benetton. Aprendeu o ofício
estagiando em restaurantes, mas por ora não
pensa em abrir um. "O momento da Itália não é bom
para fazer investimentos, mas quem sabe para o futuro", diz ele, que já teve como ajudante de cozinha o
próprio Felipe Massa. "Ele ainda não era piloto, e o empresário dele, Ricardo Tedeschi, que é dono de um restaurante, o trouxe aqui. Felipe me ajudou na cozinha, e
depois o Ricardo me disse que se tratava de um futuro
campeão. Dois anos depois, ele estava na Ferrari", diz.
O cardápio dos pilotos não é diferente do resto da equipe, já que os carboidratos das massas dão energia para
das provas. Curiosa, a Folha provou sua farfalle ao pepperoncino, servida anteontem na área para convidados
e imprensa da escuderia. E aprovou. |
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