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Numeração de assentos falha nas arquibancadas
Até polícia desconsidera a maior novidade do autódromo para os torcedores
Organização alega que
comportamento do público
foi decisivo para problemas e gerou vaias a estrangeiros que tentaram cumpri-lo
DA REPORTAGEM LOCAL
Na pista, com o asfalto novo,
a organização do GP Brasil conseguiu calar as críticas dos pilotos. Fora dela, tumulto nas arquibancadas e falhas na segurança no entorno do autódromo continuaram, apesar do
anúncio da manutenção da
prova em São Paulo até 2014.
A inédita numeração de ingressos e assentos não agradou.
"Ninguém está respeitando a
numeração. Aumentaram o
preço em 30% em relação a
2006. Neste ano, a arquibancada está mais cheia, com o público mais concentrado. Além disso, fecharam o acesso a um dos
banheiros fixos e só restam banheiros químicos aqui, que estão com cheiro horrível", disse
Daniel Daule, 33, no setor A.
Assim como naquela parte do
espaço destinado ao público, a
numeração não era observada
pela torcida no setor G.
Nem pela PM, que usou o
lance mais alto da tribuna como corredor de passagem, a
despeito da numeração, o que
indicava tratar-se de espaço
destinado aos espectadores.
Ali, um policial revelou desconhecer a novidade oferecida
aos torcedores no GP Brasil ao
falar para os espectadores que
não havia lugares marcados.
No setor A, a polícia -que
não evitou roubos na saída dos
torcedores na sexta-feira-
também dava tal orientação.
"Quando cheguei, às 7h, os PMs
falaram: "Chegou, sentou", disse Oséas Teodoro, 35, que viajou de Londrina (PR).
Até membros da organização
apontaram que a novidade não
surtiu efeito. O coordenador de
uma das catracas, que falou na
condição de não ser identificado, disse que não existiu respeito à demarcação dos assentos.
Segundo ele, a PM também
não atuou para garantir isso.
"Esse sistema de numeração
de ingresso, sem o torcedor saber em que ponto da arquibancada ficará, não serve", disse
Luciano Porta, 34, de Salvador.
Segundo a organização, "não
houve tumulto envolvendo
brasileiros" devido à numeração. Ela admitiu que os locais
numerados não foram ocupados por portadores dos respectivos ingressos, o que atribui ao
comportamento do público.
Disse ainda que houve estrangeiros que tentaram fazer valer
o direito de ocupar tais postos e
acabaram vaiados. (LUÍS FERRARI)
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