São Paulo, segunda-feira, 22 de outubro de 2007

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McLaren fecha ano de reação com fracasso

DA REPORTAGEM LOCAL

Se não tivesse sido eliminada do Mundial de Construtores, pelo escândalo de espionagem, a McLaren, com 218 pontos, teria ontem alcançado a Williams como a segunda equipe com mais títulos na história (nove) da F-1. Bela reviravolta para um time que encerrou a temporada passada sem vitórias, vexame que havia dado pela última vez há dez anos.
Mas que não escondeu a decepção por ter ficado sem o título que restava e cujos pilotos eram favoritos a conquistar, como diz o alemão Norbert Haug, vice-presidente da Mercedes, a fornecedora de motor da escuderia, no informe distribuído pela assessoria de imprensa do time após o GP.
"Não é o resultado que desejávamos, com os dois chegando perto de vencer o Mundial de Pilotos, com 109 pontos, e não chegando a 110. Isso dói muito", afirmou ele.
A declaração vai na contramão do que vinha sendo falado pelos dirigentes ao longo do final de semana. Anteontem, por exemplo, Ron Dennis, chefe da escuderia, falou que o fato de ter recebido uma taça dos funcionários, para marcar o título simbólico dos construtores, o surpreendeu positivamente.
Ontem, depois da prova, qualificou como "extremamente decepcionante" o fato de o time ter encerrado a disputa entre os pilotos só com o segundo (com Lewis Hamilton) e o terceiro lugar (posto de Fernando Alonso).
Outro fator que ontem foi contra a tônica do que a McLaren fez no ano foram os problemas de câmbio que afetaram o carro de Hamilton, que caiu para a 18ª posição no empenho para solucioná-lo. Até ontem, nenhum dos monopostos do time havia enfrentado problemas mecânicos nas 16 etapas anteriores da temporada, recorde para a equipe.
Mesmo assim, o time não evitou uma série de problemas internos, com os dois pilotos evidenciando ciúmes um do outro, inclusive com o bicampeão Alonso tendo sido acusado de vazar informações que prejudicaram o time na investigação do caso de espionagem, que, além de eliminar a McLaren da disputa de construtores, gerou uma multa de US$ 100 milhões. (LF E TC)

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