São Paulo, sábado, 23 de fevereiro de 2008

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Palmeiras reabre casa com falhas

Fechado desde dezembro para reformas, Parque Antarctica estréia gramado novo, maior e esburacado

Luxemburgo, técnico mais vitorioso da história do estádio, promove retorno de Martinez à formação titular no duelo diante do Rio Preto


RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um estádio reformado com o gramado desarrumado. A diretoria do Palmeiras organizou ontem uma recepção para a imprensa para mostrar as melhorias nos vestiários e na sala de imprensa na reabertura do Parque Antarctica, fechado desde o final do ano passado.
Mas o que chamou a atenção mesmo foi o estado do gramado, palco do jogo de hoje, às 20h30, contra o Rio Preto. O campo, que teve a grama trocada no início do ano, tinha algumas falhas e buracos.
"As chuvas foram acima do previsto, e o gramado está um pouco desarrumado. Mas este é um problema fácil de resolver", afirmou José Cyrillo Júnior, diretor administrativo do clube.
Roberto Gomide, presidente da empresa responsável pelo gramado, explicou o porquê das irregularidades no campo.
"O plano de maturidade para a grama é a partir de 90 dias. Tem 40 dias que o gramado foi plantado. Essas coisinhas, buraquinhos, são coisas normais, até pela chuva e pelo maquinário que estava aqui dentro. Posso garantir que o campo tem condição de jogo, tanto é que os jogadores estão treinando."
Segundo Cyrillo, após a "reinauguração" de hoje, o estádio voltará a ficar fechado por 15 dias, tempo necessário para melhorar o gramado.
O campo de jogo teve ainda seu comprimento ampliado em cerca de seis metros. Mede, agora, 109,3 x 75 m, próximo das medidas máximas permitidas pela Fifa para jogos internacionais. O Palmeiras já explicitou o desejo de receber uma das semifinais da Copa de 2014.
Para Vanderlei Luxemburgo, o que deve ser comemorado é o fato de estar novamente jogando em casa. "Jogamos em campos piores como em Marília, por exemplo", falou o treinador, que ontem comandou seu primeiro treino coletivo no Parque Antarctica no ano.
O volante Martinez, que hoje retorna ao time titular como um terceiro zagueiro avançado, já que também fará as vezes de meio-campista, seguiu o politicamente correto e classificou o gramado como "excelente".
"Tem umas partes ruins, mas dá para jogar e com certeza está melhor que no ano passado, já que o tipo de grama foi trocado." Na vaga de Léo Lima, suspenso, entra Wendel.
E os números estão a favor de Luxemburgo quando o assunto é Parque Antarctica. Somando todas as suas passagens, ele ostenta um aproveitamento de 88%. Atrás dele, aparece Carlos Alberto Silva (80%). Em 95 partidas, foram 80 vitórias, 11 empates e quatro derrotas. "O meu percentual aqui é muito alto e vai continuar. O gramado não é o ideal, mas a tendência é melhorar", afirmou o técnico.
Ao ser questionado se o Rio Preto, lanterna do Paulista com sete pontos, poderia ser encarado como barbada, o técnico ficou na defensiva. "Tenho que respeitar quem está do outro lado e fazer prevalecer o meu time dentro de campo. Mas o futebol não é ciência exata."
Vindo de um empate (1 a 1 ante o Rio Claro), e ao lado do Bragantino no sétimo lugar, com 15 pontos, Luxemburgo falou que todas as partidas daqui para frente serão decisivas. "Tem que ser assim, pois as três derrotas que tivemos -Ituano, Noroeste e Guaratinguetá- podem fazer diferença mais na frente. Mas aqui não tem insegurança no que se faz. É apenas uma instabilidade normal."


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