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Palmeiras reabre casa com falhas
Fechado desde dezembro para reformas, Parque Antarctica estréia gramado novo, maior e esburacado
Luxemburgo, técnico mais vitorioso da história do estádio, promove retorno de Martinez à formação titular no duelo diante do Rio Preto
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um estádio reformado com o
gramado desarrumado. A diretoria do Palmeiras organizou
ontem uma recepção para a imprensa para mostrar as melhorias nos vestiários e na sala de
imprensa na reabertura do Parque Antarctica, fechado desde o
final do ano passado.
Mas o que chamou a atenção
mesmo foi o estado do gramado, palco do jogo de hoje, às
20h30, contra o Rio Preto. O
campo, que teve a grama trocada no início do ano, tinha algumas falhas e buracos.
"As chuvas foram acima do
previsto, e o gramado está um
pouco desarrumado. Mas este é
um problema fácil de resolver",
afirmou José Cyrillo Júnior, diretor administrativo do clube.
Roberto Gomide, presidente
da empresa responsável pelo
gramado, explicou o porquê das
irregularidades no campo.
"O plano de maturidade para
a grama é a partir de 90 dias.
Tem 40 dias que o gramado foi
plantado. Essas coisinhas, buraquinhos, são coisas normais,
até pela chuva e pelo maquinário que estava aqui dentro. Posso garantir que o campo tem
condição de jogo, tanto é que os
jogadores estão treinando."
Segundo Cyrillo, após a "reinauguração" de hoje, o estádio
voltará a ficar fechado por 15
dias, tempo necessário para
melhorar o gramado.
O campo de jogo teve ainda
seu comprimento ampliado em
cerca de seis metros. Mede,
agora, 109,3 x 75 m, próximo
das medidas máximas permitidas pela Fifa para jogos internacionais. O Palmeiras já explicitou o desejo de receber uma
das semifinais da Copa de 2014.
Para Vanderlei Luxemburgo,
o que deve ser comemorado é o
fato de estar novamente jogando em casa. "Jogamos em campos piores como em Marília,
por exemplo", falou o treinador, que ontem comandou seu
primeiro treino coletivo no
Parque Antarctica no ano.
O volante Martinez, que hoje
retorna ao time titular como
um terceiro zagueiro avançado,
já que também fará as vezes de
meio-campista, seguiu o politicamente correto e classificou o
gramado como "excelente".
"Tem umas partes ruins, mas
dá para jogar e com certeza está
melhor que no ano passado, já
que o tipo de grama foi trocado." Na vaga de Léo Lima, suspenso, entra Wendel.
E os números estão a favor de
Luxemburgo quando o assunto
é Parque Antarctica. Somando
todas as suas passagens, ele ostenta um aproveitamento de
88%. Atrás dele, aparece Carlos
Alberto Silva (80%). Em 95
partidas, foram 80 vitórias, 11
empates e quatro derrotas. "O
meu percentual aqui é muito
alto e vai continuar. O gramado
não é o ideal, mas a tendência é
melhorar", afirmou o técnico.
Ao ser questionado se o Rio
Preto, lanterna do Paulista com
sete pontos, poderia ser encarado como barbada, o técnico
ficou na defensiva. "Tenho que
respeitar quem está do outro
lado e fazer prevalecer o meu time dentro de campo. Mas o futebol não é ciência exata."
Vindo de um empate (1 a 1 ante o Rio Claro), e ao lado do Bragantino no sétimo lugar, com 15
pontos, Luxemburgo falou que
todas as partidas daqui para
frente serão decisivas. "Tem
que ser assim, pois as três derrotas que tivemos -Ituano,
Noroeste e Guaratinguetá-
podem fazer diferença mais na
frente. Mas aqui não tem insegurança no que se faz. É apenas
uma instabilidade normal."
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