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nova geografia
Interior é figurante no Paulista-2009
Performances de clubes da Grande São Paulo e do litoral contra interioranos disparam em relação ao torneio passado
Depois de nove rodadas, aproveitamento contra times caipiras está em 74%, contra 47% no mesmo estágio do ano passado
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 2008, depois de nove rodadas o Campeonato Paulista
tinha Ponte Preta, Guaratinguetá e Noroeste no G4, o grupo que forma a zona de classificação às semifinais, e o Santos
na turma do rebaixamento.
Ontem, a edição deste ano
completou a nona rodada. E
desta vez o interior, como raras
vezes nas últimas quatro décadas, passa vergonha.
A competição é dominada
pelo Trio de Ferro da capital e
pelo Santos, os quatro primeiros. Além deles, os melhores figurantes são quase todos da
Grande São Paulo -o único interiorano entre os oito melhores é a Ponte Preta, a sexta colocada. Toda a metade de baixo
da classificação é ocupada por
clubes interioranos.
Os confrontos diretos entre
os quatro grandes e os demais
times da Grande São Paulo
(Portuguesa, São Caetano, Santo André e Barueri) explicam a
classificação do torneio.
No ano passado, depois de
nove rodadas haviam acontecido 43 duelos entre agremiações
do interior e os demais clubes
do Estadual. A disputa era bem
equilibrada, com 16 vitórias para os times da Grande São Paulo e 14 para os interioranos.
Agora, já foram 46 duelos entre as duas partes, com 31 triunfos para os grandes e outros times dos municípios vizinhos à
capital e apenas seis vitórias
dos clubes do interior.
Os times da capital foram os
principais responsáveis pela
nova realidade do Paulista.
Na temporada passada, depois de nove rodadas, Corinthians, Palmeiras, Portuguesa e
São Paulo tinham ganho 40 dos
75 pontos que disputaram contra adversários interioranos.
Agora, com apenas uma derrota, faturaram 59 dos 66 pontos em jogo contra os times do
interior -Corinthians e Palmeiras têm 100% de aproveitamento nesses confrontos.
Histórico
A performance ruim do interior em 2009 é um fato raro
desde a década de 60, quando a
região começou a incomodar os
grandes. Entre 2006 e 2008,
por exemplo, o Paulista sempre
teve um time caipira entre os
quatro primeiros colocados.
A região já teve campeões estaduais, como Inter de Limeira
(1986), Bragantino (1990) e
Ituano (2002, edição que não
teve os grandes), e vários vices,
como Ponte Preta, Guarani, XV
de Piracicaba, Novorizontino e
Paulista de Jundiaí.
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