São Paulo, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009 |
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JUCA KFOURI Os grandes dão as cartas
AO CONTRÁRIO do que se imaginava, os pequenos paulistas não deram nem para o começo do campeonato estadual, apesar do maior tempo que tiveram para se preparar. Mesmo depois de um mau início que custou até a cabeça do técnico, eis que o Santos, mesmo aos trancos e barrancos, chegou ao pelotão de frente e tem tudo para ficar. Ainda mais se alternar seus jogos entre a Vila Belmiro e o Pacaembu, sempre festivo -e ontem com o maior público da rodada- quando recebe o chamado alvinegro praiano. Porque os paulistanos santistas também merecem ver o time de perto, mesmo que sofram. O outrora temível Botafogo, acovardado, perdeu só de 1 a 0 e, tudo indica, voltará à Série B, apesar de toda a riqueza de Ribeirão Preto. O líder invicto 91% Palmeiras bobeou: teve o jogo do Canindé nas mãos e deixou a Lusa empatar, além de quase ter perdido não fosse a ansiedade de Fellype Gabriel. Envolvente do meio-de-campo para frente, com uma dupla atacante que dá gosto ver, são claros os problemas da defesa alviverde, nada que com treinamentos, em dois períodos, não se resolva. Mas valeu a pena ver os 45 minutos finais de Lusa x Palmeiras. Já o Corinthians teve sua missão facilitada em Guaratinguetá porque, mais uma vez, ganhou um gol de presente dos adversários, como tem sido habitual. Mesmo assim vacilou, tomou o empate e depois teve que correr para fazer o 3 a 1 que lhe vale a vice-liderança, numa tarde em que Elias brilhou e Souza foi útil, apesar de o Corinthians não apresentar jogada digna de ser tratada como tal do meio para frente, exatamente o inverso do rival de Palestra Itália. E o São Paulo seguiu fazendo suas experiências, talvez para concluir que não se dá mesmo bem com três atacantes e que não tem tido sorte com as contratações que faz para a lateral direita, pois Joílson teve atuação desastrada mais uma vez, agora em Barueri. Em compensação, Jorge Wagner continua dando nó em pingo d'água e pondo a bola onde quer, para alegria de Borges e preocupação dos zagueiros rivais. Será que enfim teremos uma decisão estadual só com os grandões? Violência Nosso PVC foi vítima de assalto, já faz algum tempo, quando ia a um aniversário. E garante que continuará indo às festas de aniversário, é claro. Meu pai foi morto, mais de 20 anos atrás, na porta da casa dele, ao meio-dia, numa rua tranquila e sem saída. E nós continuamos a sair e a voltar para casa, é óbvio. Azares desse tipo acontecem nos grandes centros urbanos do Terceiro Mundo e são terríveis. Mais difícil é ter a sorte de ir a um clássico do futebol brasileiro sem ser testemunha, ou vítima, de um ato de violência. E com uma diferença: tem polícia para todo lado. Ou seja, não é que os bandidos estejam vencendo. Eles já venceram. Apito A federação de futebol do Rio não merece crédito, o Fla desconfia dela e o patrocinador do Resende é o mesmo do Flu. Mas a arbitragem que tirou o Mengo da Taça GB foi quase primorosa. Ou não? blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Prancheta do PVC Próximo Texto: Londres-12 prega igualdade de sexos Índice |
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