São Paulo, sexta-feira, 23 de março de 2007

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Pan-07, para secretário da Segurança, é pandemônio

José Beltrame cita atraso na vinda de material e falta de abrigo para agentes

Em seu blog, prefeito do Rio critica a indefinição sobre o local de alojamento dos 6.000 profissionais da Força Nacional para o evento

SERGIO TORRES
ENVIADO ESPECIAL A BOGOTÁ

O Pan-2007, para o secretário da Segurança Pública do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, tem tudo para se transformar em um ""Pandemônio" na área em que atua. Equipamentos de vigilância e de comunicação ainda não chegaram para as polícias. E não há alojamentos para os profissionais da Forca Nacional de Segurança Pública durante o evento. Em seu blog, o prefeito do Rio, Cesar Maia, criticou a indefinição: ""Os 6.000 homens da Força Nacional que vêm apoiar a segurança do Pan têm apenas um problema: ninguém sabe onde eles vão dormir. Ninguém! A busca continua".
O trocadilho com o termo pandemônio foi adotado pelo secretário e tem sido usado por ele com assessores toda vez que recebe a notícia de mais um problema para a segurança dos Jogos. ""Tenho medo de o Pan virar, para mim, um "Pandemônio"", disse ele ontem em Bogotá, em visita a centro de apoio a menores de rua e delinqüentes. Mais tarde, em entrevista, o secretário negou a afirmação. ""Não, absolutamente", disse.
Na área da segurança, provocou escândalo no mês passado o fato de o governo federal ter dispensado licitação para a escolha do consórcio que prestará o serviço de infra-estrutura e inteligência dos Jogos -um contrato de R$ 161 milhões. Beltrame disse a assessores que sua secretaria ainda não recebeu as câmeras de vigilância nem os rádios de comunicação previstos no planejamento feito em parceria com a Secretaria Nacional da Segurança Pública. Ele soube que os equipamentos não foram comprados porque as licitações estão em curso. E teme que tudo chegue perto da data do evento.
Outro assunto que atormenta o secretário é a falta de lugar para alojar integrantes da Força Nacional. Embora não seja o responsável por isso, Beltrame diz lamentar que a questão não esteja definida pela Senasp. O secretário nacional da Segurança, Luiz Fernando Corrêa, informou que não comentaria a declaração de Beltrame. Procurado pela Folha, Cesar Maia também não as comentou até o fechamento desta edição.


Colaborou SÉRGIO RANGEL, da Sucursal do Rio

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