Após 9 a 1 no Ituano, Santos pegará time de Ribeirão, que diz não temer goleada

Nos últimos quatro jogos, santistas fizeram mais gols que o rival de quinta-feira em todo o Paulista, mas equipe do interior tem defesa forte

Edson Silva/Folha Imagem

Weverton, goleiro do Botafogo, que enfrentará nesta semana o Santos e seu famigerado ataque

LUCAS REIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O que pensar quando seu próximo adversário no Campeonato Paulista é a sensação da temporada, marcou 61 vezes no ano, faz sombra à média de gols do arrasador Santos de 1963, acabou de vencer por marcantes 9 a 1 e ainda contará com o reforço de Robinho?
Talvez nenhum time queira estar na pele do Botafogo de Ribeirão Preto, que receberá o badalado Santos na quinta-feira.
E também é provável que a memória do botafoguense de Ribeirão Preto, quando se fala em Santos, remeta a 1964. Foi quando o esquadrão de Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe bateu o Botafogo por 11 a 0, em uma de suas maiores goleadas.
O time do interior também é o responsável pela maior goleada registrada no Estadual antes da de anteontem. Em 1976, com sete gols de Sócrates, fez 10 a 0 na Portuguesa Santista. O Santos, no domingo, chegou perto: goleou o Ituano por 9 a 1.
Coincidências que apimentam a partida de Ribeirão.
Corajoso, o Botafogo mostra que sua principal arma será o ataque. Não se assusta com os 10 a 0 no Naviraiense-MS, nem com os 4 a 0 no Remo, nem com os 9 a 1 no Ituano. Nos últimos quatro jogos, incluindo a derrota para o Palmeiras, o Santos marcou 26 gols, mais do que o Botafogo em seus 15 jogos (foram 20 tentos anotados).
"Não estamos com medo. Um resultado como esse [9 a 1 no Ituano] nem passa pela nossa cabeça", disse o técnico do Botafogo, José Galli Neto. "O Santos é, disparado, o melhor time do campeonato. Mas nós também estamos bem, lutamos pela classificação [para a fase semifinal]. O futebol é um jogo, e você sempre corre riscos. Se atacarmos, será para ganhar", completou o treinador.
Curiosamente, o destaque do Botafogo está no gol. Para não seguir os malfadados passos dos colegas Saulo, do Ituano, e Aldo, do Naviraiense, que, juntos, levaram 19 gols dos meninos da Vila, Weverton, 22, também se apega à coragem.
"Medo, nunca. Não pode existir. No futebol, não há espaço para perdedores nem medrosos", disse o goleiro, que terá a missão de evitar um novo festival de gols santistas. Até aqui, o Botafogo levou 14 gols e tem a segunda melhor defesa do Estadual, com um gol a mais que Corinthians e São Paulo.
"Temos que entrar tranquilos, respeitando o Santos. E sem medo de jogar. Se a gente tremer, teremos dificuldades. Se entrarmos assim, vamos perder", afirmou Weverton.
Mas como parar o Santos?
"Marcação especial não adianta. O Santos jogou sem Neymar e Robinho ontem [anteontem] e ganhou de nove. Nós precisamos saber marcar para conter o ataque deles", disse Galli Neto, efetivado após a saída de Roberto Fonseca.
Com uma vitória, o líder Santos praticamente se garante na próxima fase. O Botafogo, com 25 pontos, é o sexto colocado e vê nessa partida sua chance de voltar a sonhar com o G4.


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