São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2010

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OPINIÃO

As lições de serenidade de "El Maestro" Oscar Tabárez

PASQUALE CIPRO NETO
COLUNISTA DA FOLHA

E a tal da marmelada não se concretizou. Uruguai e México jogaram para valer.
Por temor à Argentina ou por dignidade mesmo, os dois times começaram o jogo a mil. Muita correria e vontade, disciplina tática e alguma técnica, sobretudo do Uruguai, que, compacto e bem postado na defesa, atacou pouco, mas, quando o fez, foi perigoso, graças ao trio Forlán, Suárez e Cavani.
Os números do jogo indicam que o México teve mais posse de bola (dois terços do jogo), mas o Uruguai criou muito mais chances de gol. Destaque-se o fato de que a equipe celeste ainda não sofreu nenhum gol nesta Copa.
Pois bem. Jogo encerrado, fui para a sala de imprensa, onde tive a oportunidade de participar da coletiva de "El Maestro" (o uruguaio Oscar Tabárez), que destacou a aposta que fez nesse grupo, que está com ele há quatro anos. O que vi na entrevista do uruguaio foi uma clara demonstração de serenidade, sensibilidade, equilíbrio e boa articulação do discurso.
A fala de Tabárez é calma, lúcida, civilizada. Perguntei-lhe como se sentia depois do claro desmonte da tese da "marmelada". Calmamente, "El Maestro" ressaltou que eles tinham uma resposta a dar à Fifa e a todos os envolvidos na competição. Tudo dito com sobriedade e elegância, traços que, por sinal, também foram vistos no pronunciamento do técnico mexicano, Javier Aguirre.
Essa mesma atitude vi quando participei de uma entrevista coletiva do treinador italiano, Marcello Lippi. Já Dunga e Domenech... É isso.



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