São Paulo, domingo, 23 de setembro de 2001 |
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AUTOMOBILISMO Às vésperas de completar 10 anos no comando do time, Montezemolo planeja dividir o bolo da categoria Presidente da Ferrari quer "socializar" F-1
FÁBIO SEIXAS BARRICHELLO - Estamos muito
felizes com Barrichello. O segundo lugar dele na Hungria nos permitiu conquistar não só o Mundial de Pilotos como o de Construtores. Ele tem sido um companheiro muito rápido para o Michael e vem fazendo uma boa
temporada. Essa é a razão por que
prolongamos o seu contrato. Nessas últimas corridas, a equipe está
oferecendo toda a estrutura, todo
o apoio para ele vencer GPs. Mas
tudo vai depender dele. RAIKKONEN - A F-1 está diante de
uma troca de gerações e temos
que estar atentos para não nos enganarmos. No ano passado, vimos o [Jenson" Button muito
competitivo com a Williams. Neste ano, há o Raikkonen, que algumas vezes é mais rápido do que o
[Nick" Heidfeld. Mas sempre digo
que não podemos julgar um piloto por uma temporada. É preciso
dar um tempo para ter certeza. ATENTADOS NOS EUA - É difícil
opinar sobre se devemos correr
em Indianápolis ou não [no próximo domingo". Somos competidores. Não organizamos os campeonatos. Seguimos o que a FIA
[entidade máxima do automobilismo" decidir. Há 25 anos, os
EUA são nosso maior mercado. A
legenda Ferrari é tão grande nos
EUA que, pelo resto do Mundial,
não teremos mais entusiasmo. SEGURANÇA - Sou velho na F-1.
Quando era chefe da equipe nos
anos 70, vi muitos amigos, muitos
pilotos morrerem na pista. Lembro de acidentes terríveis na África do Sul, na Áustria... Acho que
temos que agradecer às equipes e
aos promotores, porque as corridas são muito seguras hoje. Mas
acho que temos que continuar
pressionando. Quero a F-1 sempre à frente quanto à segurança. NOVOS GPS - Precisamos de um
campeonato realmente mundial.
A F-1 é forte na Europa, historicamente forte na América do Sul.
Mas temos que melhorar nos
EUA, e isso inclui uma estratégia
com TV e muita promoção. A
China, em pouco tempo, vai ser
um importantíssimo mercado
para todo mundo e precisa ser um
objetivo para os próximos três ou
quatro anos. Aí, uma categoria
mundial se tornaria realidade.
Leio em alguns lugares que a Itália
pode perder um de seus GPs, o de
Monza ou o de Imola. Queremos
manter as duas na Itália. E usaremos a nossa influência para isso. SCHUMACHER - Estamos muito
felizes com o Michael e gostaríamos que ele continuasse após
2004. Mas para ser honesto, não
estou pensando nisso. Ainda não
estamos nem no final de 2001. REVOLUÇÃO - Todos os anos
queremos cortar custos, mas no
final da temporada o orçamento
está estourado. Por um lado, queremos que a F-1 continue sendo o
estágio máximo do automobilismo mundial. Por outro lado, não
estamos felizes com os custos. |
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