São Paulo, domingo, 24 de janeiro de 1999

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FUTEBOL NO MUNDO
Suzanas

RODRIGO BUENO

Ronaldinho deve estar se perguntando até agora o que as Suzanas vêem tanto nele.
Nesta semana, uma Suzanne, com sobrenome ainda mais europeu que Werner (Bierrhuus) e provavelmente mais loira que a Suzana (ela é dinamarquesa) mexeu bastante com a cabeça do atacante brasileiro da Inter.
Ela tem bem mais experiência na passarela do que a badalada namorada de Ronaldinho, afinal Suzanne já tem 51 anos.
Ex-modelo, ela perseguiu o jogador enlouquecida e está ameaçando-o judicialmente por uma suposta agressão sofrida na danceteria "Old Fashion', em Milão.
Na verdade, a agressão foi no filho de Suzanne e teria sido cometida por um guarda-costas de Ronaldinho. O garoto teria inclusive sofrido uma fratura.
Acuado pela Suzanne, uma vez que a Suzana se diverte no Brasil apresentando programa adolescente e gravando música funk, Ronaldinho confirmou estar presente na danceteria, mas negou ter participado de (ou comandado) qualquer confusão no local.
O incidente, porém, deve representar até pouca coisa diante do momento por que passa o ainda melhor jogador do mundo.
No dia 1º de fevereiro, Zidane (se não soa parecido ao menos rima com Suzane) vai tomar o título citado acima do brasileiro.
No mês seguinte, deve voltar à seleção brasileira, contra o Japão, pela primeira vez sob o comando de Luxemburgo e sob a desconfiança do país inteiro.
Semanas depois, estará dando por encerrada na Europa sua pior temporada como jogador profissional, justamente quando era unanimidade mundial.
O maior calvário de Ronaldinho, como foi mais uma vez destacado na semana que passou, é físico. Novas ausências em campo, novos tratamentos em pauta, velhos problemas nos joelhos.
Os problemas pessoais também parecem ser crônicos. Suzana embarca para a Itália no próximo mês. Solução ou problema? E Suzanne reclama a atenção do craque. Problema ou solução?

Notas

Solução
Juninho pode deixar o Atlético de Madrid e ir para o Aston Villa por US$ 13 milhões. Denílson também pode trocar o futebol espanhol pelo da Inglaterra no final da temporada, mas por qual valor?

Problema
Nikolai Latyshew, um ex-árbitro soviético, deu sua versão nesta semana para o título da Inglaterra na Copa do Mundo de 66. Tofik Bachramov, seu compatriota que atuou como bandeirinha na final, teria sido subornado com caviar, validando assim o polêmico gol de Hurst contra a Alemanha.

Solução
Rupert Murdoch, magnata australiano, assombrou a Inglaterra ao oferecer US$ 1 bilhão pelo Manchester United. Ele atacou agora a Itália, propondo a mesma quantia pelos direitos de TV das Séries A e B do Campeonato Italiano.

E-mail: rbueno@folhasp.com.br


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