da Reportagem Local

O Corinthians classificou-se ontem para a final da Copa São Paulo júnior, ao derrotar o América-MG, no Canindé, por 1 a 0.
O gol da equipe paulista foi marcado por Fernando Baiano, no primeiro tempo, numa polêmica cobrança de pênalti.
O jogador cobrou a penalidade com um toque leve na bola, fraco, no centro do gol, assim como Marcelinho havia marcado contra o Sport, pelo Brasileiro-98, na vitória do Corinthians por 2 a 0.
Na ocasião da cobrança de Marcelinho, Wanderley Luxemburgo, que então dividia o comando da equipe com o da seleção brasileira, mostrou-se irritado e fez severas críticas ao meia-atacante.
Luxemburgo chegou a acusá-lo de ser um atleta "displicente", por mostrar pouca preocupação com o grupo e colocar em risco a vitória contra o time pernambucano por preferir "jogar para a torcida".
No segundo tempo, o mesmo Fernando Baiano, ao tentar "cavar" novo pênalti contra o América-MG, jogando-se na área, apesar de não ter sido derrubado pela zaga adversária, foi expulso.
Quando do cartão vermelho para o corintiano, os mineiros já estavam com dez jogadores em campo, pois também haviam tido um atleta expulso, só que no primeiro tempo.
A equipe de Belo Horizonte deixou o campo indignada com a arbitragem, pois reclamou da não marcação de um pênalti a seu favor na etapa inicial.
Com o resultado obtido no Canindé, o Corinthians vai enfrentar amanhã o Vasco, na decisão do torneio.
Ontem pela manhã, a equipe carioca venceu a Ponte Preta, por 2 a 0, gols marcados por Rogério, no primeiro tempo, e Fabrício, no segundo, em partida realizada no estádio do Ibirapuera.
A equipe de Campinas era a única a chegar à semifinal da Copa São Paulo que não havia vencido o torneio nos anos 90. A Ponte só tinha vencido a competição nos anos 80, uma vez em 1981, a outra, em 1982.
Tanto Corinthians quanto Vasco, pelo contrário, já haviam conquistado a Copa São Paulo júnior na década de 90.
O time paulista levantou a taça em 1995. Os cariocas, por sua vez, tinham sido campeões em 1992.
Para Eurico Miranda, vice-presidente de futebol do Vasco, a chegada da equipe do Rio à final mostra o investimento que o time tem feito em suas categorias de base.
Antes mesmo do início da competição, o dirigente vascaíno alertava as outras equipes cariocas -e principalmente o Fluminense, que atravessa grave crise- sobre a necessidade de os clubes do Rio de Janeiro se dedicarem mais à formação de jogadores.
Diferentemente do Vasco, as demais equipes do Rio acabaram sendo eliminadas logo no início do torneio.



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