|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COPA 2006
Entidade abandona negociação com jornais sobre o uso de imagem
Fifa mantém limitações à mídia
DA REPORTAGEM LOCAL
Acabou sem acordo a negociação entre a Fifa e a WAN (Associação Mundial de Jornais) a respeito das restrições ao uso de imagens da Copa do Mundo da Alemanha por jornais e sites.
Mesmo após algumas concessões, as regras para a mídia no
Mundial continuaram severas.
Estabelecem que é proibido o uso
de fotos por sites na internet durante a realização das partidas.
Poderão ser usadas somente dez
imagens por jogo e mais quatro
em caso de prorrogação e pênalti.
Outra limitação imposta pela
Fifa atinge os jornais. Não será
permitido o uso de títulos e gráficos sobrepostos às fotografias. Só
cortes de imagem podem ser utilizados pelos veículos impressos.
As agências internacionais também são afetadas por imposições
da Fifa, pois só poderão distribuir
fotos se respeitarem essas regras.
A entidade esportiva abandonou a negociação, mantendo as limitações, segundo divulgou a
WAN. Agora a associação de jornais vai pressionar patrocinadores da Copa e políticos europeus
na tentativa de mostrar que os
parceiros da entidade máxima do
futebol perderão com as limitações à mídia. Estuda até mover
um processo judicial contra a Fifa
Para obter credenciamento para a Copa-2006, todos os veículos
de mídia têm que se comprometer a respeitar essas regras. Se não
o fizerem, podem perder o direito
de cobrir a competição.
"São interferências tanto na liberdade editorial e na independência quanto uma violação da liberdade de informar", disse, em
carta enviada ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, o chefe-executivo da WAN, Timothy Balding, e o
presidente da agência AFP, Pierre
Louette. "Você deixou claro que
rejeita essas idéias."
A carta foi redigida após a Fifa
anunciar que não seguiria nas negociações, segundo a assessoria
da WAN. A Folha não conseguiu
saber a posição da entidade, pois
seu escritório na Suíça estava fechado após a divulgação do fim
das conversas entre as partes.
A organização esportiva encerrou as negociações pouco depois
da primeira reunião, em 13 de fevereiro. Para a WAN, apenas
"mudanças cosméticas" nas regras foram alteradas pela Fifa.
Ao justificar a restrição aos sites,
a entidade alegou que tinha de
proteger televisões e rádios que
compraram direitos de transmissão do Mundial. Mas a WAN entende que o livre uso das imagens
na internet não prejudicaria os
que pagaram por esses direitos.
Texto Anterior: Futebol: Luxemburgo e Edmundo trocam farpas Próximo Texto: Ronaldos ampliam a lista dos machucados Índice
|