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Estilos clássicos são retomados
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleções brasileira e alemã, as
duas grandes forças que restaram
nesta Copa, reeditam no torneio,
ao menos pelos números, suas
tradicionais escolas de futebol.
Pelas estatísticas do Datafolha, a
equipe nacional é a que mais acerta passes (85,9%), finaliza (16,2
vezes) e dribla (20,8 tentativas)
entre as quatro nas semifinais.
São números que indicam uma
reedição da tradicional escola
brasileira de qualidade técnica e
ofensividade. O time de Luiz Felipe Scolari, por sinal, tem o melhor
ataque do Mundial, com 15 gols.
Quando se trata de marcar, a
performance brasileira cai. Dos
quatro classificados para as semifinais, tem a pior defesa, com quatro gols sofridos, e a segunda menor média de desarmes (139,4).
Nas estatísticas da Alemanha,
transparece a volta do estilo de jogo eficiente que levou o país a se
sagrar campeão de três Copas.
A equipe é a que menos fica com
a bola, passa (272), lança (sete),
dribla (quatro) e desarma (138,8)
entre os semifinalistas, mas possui a defesa menos vazada, com só
um gol tomado, e o segundo melhor ataque do torneio, com 13.
Os números alemães são os que
mais destoam entre os semifinalistas. Enquanto Brasil, Turquia e
Coréia do Sul apresentam, por
exemplo, médias acima de 320
passes por partida, a Alemanha
dá, no mínimo, 50 a menos. O
aproveitamento, de 79,8%, também é o único abaixo dos 80%.
No tempo de posse de bola, o time de Rudi Völler também é o
único que fica longe dos 30 minutos por partida, com 25min12s.
Nos dribles e lançamentos, então, a Alemanha está muito abaixo das outras três seleções. É a
única a não passar de dez tentativas nesses dois fundamentos.
Na hora de finalizar, porém, os
alemães se destacam e, com média de 15 por jogo, só perdem do
Brasil.(JOÃO CARLOS BOTELHO)
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