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Nível medíocre dita ritmo de competições
DOS ENVIADOS AO RIO
Uma equatoriana de 42 anos,
que encantava o Brasil há duas
décadas, foi o símbolo da pobreza técnica do primeiro dia
de provas de pista do atletismo
do Pan do Rio de Janeiro.
Campeã da São Silvestre de
87 -repetiu o feito em 97-,
Martha Thenório completou a
prova dos 10.000 m quase quatro minutos depois de a americana Sara Slattery ter cruzado a
linha de chegada. Não que a
marca da vencedora tenha sido
um primor -32min54s11.
O ranking da federação internacional de atletismo lista, apenas em 2007, 54 marcas melhores do que a obtida por Slattery,
que, mesmo assim, alcançou
um novo recorde no Pan. O
tempo dela ficou mais de 30 segundos acima da 54ª colocada.
"Sabia que já não tinha um
bom nível. Mas quis competir
aqui para homenagear um país
tão maravilhoso, que tantas
glórias me deu", afirmou Martha, que foi ovacionada quando
completava a prova.
"Sempre vi que, em Olimpíadas, o último colocado era o
mais aplaudido. Hoje foi a minha vez e recebi essa glória",
afirmou a equatoriana, que pretende buscar o índice para a
maratona em Pequim-08.
No salto com vara, apesar do
ouro de Fabiana Murer, o nível
também não impressionou. Ela
alcançou 4,60 m, marca incapaz de colocá-la entre os 20
maiores saltos de 2007.
O americano Ed Moran foi ao
lugar mais alto do pódio nos
5.000 m cravando 13min25s60
no cronômetro, também nova
maior marca dos Jogos, mas
que não o colocaria entre os 50
melhores do ano, numa lista
que tem atletas juniores.
Se nas finais os resultados já
haviam sido medíocres, nas eliminatórias e nas semifinais a
coisa foi ainda pior.
Nos 400 m com barreiras feminino, a americana Sheena
Johnson foi a melhor, com
55s55, o que não a deixa nem
entre os 70 tempos mais rápidos do ano.0
(ALF E PC)
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