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Curso oferece aos garotos cartas de recomendação
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando foi criada, a clínica
de futebol Supercamp Brasil tinha como objetivo apenas
apresentar aos garotos o mundo do esporte. Mas passou a ser
vista como uma peneira por algumas crianças. Assim, os organizadores criaram uma espécie
de certificado para os jovens
que concluem o curso usarem
nas seleções nos clubes.
"Não é uma peneira. Mas
muitos vinham com esse objetivo. Então, quando se conclui o
curso, é feita uma carta de recomendação aos clubes, para
apresentá-los a eles", explicou
Kléber Leite Filho, da empresa
Klefer, que é a organizadora da
clínica Supercamp.
Quem dá a carta é a EBF (Escola Brasileira de Futebol),
criada pela CBF. São seus treinadores que fazem a preparação das crianças de 9 a 15 anos
por uma semana. São dois técnicos e um auxiliar por categoria -os garotos são divididos
nas categorias sub-11, sub-13 e
sub-15. Há grupos de 30 a 40
garotos em cada divisão.
Há ainda a presença de psicólogos, médicos e preparadores
de goleiros, entre outros membros que atuam em uma comissão técnica de time de futebol.
A ideia da carta de recomendação é mostrar que foram observadas características como
comportamento do atleta fora
de campo, entre outros itens.
Os próprios organizadores da
Supercamp indicam os atletas
aos clubes de futebol. "Se o garoto é de Belo Horizonte, indicamos ao Cruzeiro, ao Atlético-
-MG ou ao América-MG. No
Rio, Vasco, Fluminense, Flamengo... Mas, depois disso, não
participamos na carreira dele",
contou Kléber Leite Filho.
Nessa idade, porém, os jogadores ainda não podem ter vínculo contratual com os clubes,
o que só ocorre após os 16 anos.
Para efeito de recompensa como clube formador, o atleta
tem que ter 12 anos.
A inclusão de vagas gratuitas
em 2009 para crianças selecionadas em peneiras teve como
um dos objetivos aumentar o
nível técnico do treinamento
na Granja Comary.
(RM)
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