São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2008

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Conquista vem acompanhada de "resposta'

DA ENVIADA A PEQUIM

"Ficamos tentando responder a uma coisa que não tinha resposta." Fabi nem estava no grupo que falhou em Atenas-2004, mas, após o triunfo no Ginásio Capital contra os EUA, foi a primeira a aparecer diante das câmeras pedindo silêncio -Mari, eleita a grande vilã na Grécia, repetiu o gesto.
Direcionado, segundo a líbero e a ponta, aos que atacaram o time por não conseguir vingar em momentos decisivos. "Quero silêncio total porque somos campeãs olímpicas. Tem que aplaudir de pé", disse Mari.
A seleção, de fato, entrou em 2008 marcada pela ausência de resultados expressivos e pela apreensão pelo que poderia apresentar na China.
No Pan-Americano do Rio-2007, mesmo completa e favorita à medalha de ouro, a equipe sucumbiu diante de Cuba na final. Depois, amargou a quinta posição no Grand Prix, a pior desde o sétimo lugar em 2003.
Naquele ano, porém, o time passava pela maior crise já enfrentada no vôlei do Brasil. Cinco titulares haviam pedido dispensa por problemas de relacionamento com o técnico Marco Aurélio Motta, e o desempenho do elenco, recheado de novatas, despencou.
O treinador saiu do cargo no fim de 2003, e Zé Roberto teve pouco tempo para preparar a equipe para os Jogos de Atenas.
O último compromisso da seleção em 2007 foi a Copa do Mundo. Até fez boa campanha, mas terminou como vice, mantendo a escrita de nunca ter conquistado o título do torneio.
Neste ano, antes de Pequim, o Brasil, em claro sinal de recuperação, foi campeão do Grand Prix. A maturidade aflorou na China. "Isso aqui [o ouro] mostra tudo, é a prova que a gente sabia que ia chegar", declarou a central Fabiana. (ML)


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