São Paulo, quinta-feira, 24 de novembro de 2005

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Após outra partida ruim, torcida do Real Madrid vaia Luxemburgo

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A torcida do Real Madrid perdeu de vez a paciência com Vanderlei Luxemburgo e vaiou sistematicamente o técnico brasileiro (Robinho também foi apupado).
Ontem, o time dos galácticos voltou a apresentar futebol pobre e ficou no empate de 1 a 1 em casa com o Lyon, que foi superior ao adversário espanhol na partida disputada no Santiago Bernabéu.
O jogo, válido pela Copa dos Campeões (os dois times já estavam classificados para a próxima fase), foi o primeiro do Real Madrid após a humilhante derrota de 3 a 0 para o Barcelona em que a própria torcida madrilena aplaudiu Ronaldinho e o rival catalão. Agora, a manifestação popular nas arquibancadas foi contra ""Luxe", que ontem trocou Zidane por Júlio Baptista e Beckham por Salgado pouco após o Lyon empatar o jogo e pressionar.
Luxemburgo, que não contou com Ronaldo, disse que as vaias não foram para todo o seu trabalho, e sim pela saída de Beckham, que, segundo ele, estava cansado. "Da próxima vez, deixo ele morrer em campo para que as pessoas entendam que ele não tinha mais condições de jogar", disse.
O brasileiro Juninho Pernambucano eximiu o compatriota de culpa. "As vaias não foram justas. O Luxemburgo não é mágico", disse o meia do Lyon, que considera muitos dos jogadores do Real abaixo do padrão do clube.
Apesar da nítida desorganização em campo, o Real Madrid conseguiu sair na frente, com Guti, aos 40min. O empate saiu aos 25min da etapa final. Fred e Wiltord, que entraram no segundo tempo no Lyon, tramaram bem pela esquerda, nas costas de Diogo, e o francês cruzou para Carew. O norueguês dominou de costas para o gol e, de calcanhar, tocou para o gol -a bola passou no meio das pernas do lateral Roberto Carlos. Um golaço.
Após a troca de Beckham por Salgado, muitas vaias surgiram. O Lyon aumentou ainda mais a presença ofensiva, e Luxemburgo, toda vez que deixava o banco de reservas para passar orientações, era vaiado. A torcida madrilena também protestou contra o técnico com os tradicionais lenços.


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