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Brasileiros nunca têm mando
DA REPORTAGEM LOCAL
Se os rivais não são capazes de
aproveitar a vantagem de jogar
em casa, os tenistas brasileiros
nem têm essa oportunidade.
O país não tem um torneio da
ATP desde meados da década
passada, deixando Gustavo Kuerten, que ontem disputaria uma
vaga na final do Torneio de Buenos Aires e a liderança do ranking
de entradas contra o espanhol
Fernando Vicente, sem a oportunidade de jogar no seu país para
somar pontos para o ranking.
Quando realizava torneios, o
Brasil dava oportunidades para
que seus tenistas ocupassem posições de destaque no circuito.
Luiz Mattar, por exemplo, nunca desprezou a força da torcida e
do piso preferido, o saibro.
Dos sete títulos conquistados na
sua carreira, o tenista foi campeão
seis vezes no Brasil, que chegou a
organizar quatro torneios em
uma mesma temporada.
Dessa forma, Mattar, que ficou
conhecido no circuito como "Mr.
Brazil", teve boas posições no
ranking masculino mundial
-chegou ao 29º posto em 1989,
quando foi campeão de competições da ATP disputadas no Guarujá e no Rio de Janeiro.
Sem torneios válidos pelo ranking no Brasil, Kuerten, assim como seu compatriota Fernando
Meligeni, se aproveita quando joga em casa na Copa Davis.
Contando apenas partidas de
simples, o melhor tenista brasileiro da história atuou no seu país 16
vezes, sendo que em 11 acabou
com a vitória -duas delas no início do mês, contra a equipe de
Marrocos.
(PC)
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