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Quanto vale o show?
Diferentemente de 1990, quando o atleta Dunga chiou, CBF não conta agora com contestação ao bicho
da equipe que jogará pelo hexa
Ricardo Nogueira/Folhapress
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Os zagueiros Juan e Thiago Silva, durante entrevista no CT do Caju, em Curitiba
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A CURITIBA
A CBF vai anunciar aos jogadores a premiação da seleção em caso de conquista do
hexacampeonato logo após a
chegada à África do Sul.
O valor ainda não foi fechado, mas a entidade pretende pagar cerca de R$ 350
mil a cada atleta pela vitória
no primeiro Mundial realizado no continente africano.
A chegada dos jogadores a
Johannesburgo está prevista
para quinta-feira. A reunião
do supervisor da seleção,
Américo Faria, com os atletas
deverá acontecer na noite de
sexta. O presidente da CBF,
Ricardo Teixeira, tenta não
intervir no assunto para não
se desgastar com o time.
O prêmio pela conquista
do título só não foi definido
no último final de semana,
em Curitiba, porque o capitão Lúcio ainda não se apresentou ao técnico Dunga.
O zagueiro é o principal representante dos jogadores
nas negociações com a CBF,
que, no entanto, não espera
nenhuma contestação sobre
o valor que ela quer pagar -o
que, diz a entidade, acontece
pelo menos desde o início da
década em todos os torneios.
Lúcio, o goleiro Júlio César
e o lateral Maicon foram liberados pela comissão técnica
para se integrar ao grupo só
na África do Sul. No sábado,
venceram a Copa dos Campeões pela Inter de Milão.
O valor é igual para todos
os atletas, independentemente da quantidade de partidas jogadas no Mundial.
Habitualmente, a premiação
para os integrantes da comissão técnica é menor, mas a
negociação da confederação
com eles é mais fácil.
A CBF quer antecipar a definição da premiação para
evitar que os jogadores se
preocupem com isso durante
a disputa da Copa do Mundo.
A demora no acerto do bicho deflagrou uma crise na
seleção durante o Mundial
de 1990, realizado na Itália, o
primeiro com a CBF sob o comando de Ricardo Teixeira.
Na ocasião, os jogadores
protestaram cobrindo a marca de um dos patrocinadores
da seleção na foto oficial da
delegação brasileira, dias antes do embarque para a Copa.
Desde então, Teixeira sempre fecha o valor da premiação antes do início do evento.
O técnico Dunga e o auxiliar técnico Jorginho, então
jogadores do Brasil, participaram daquele protesto.
Hoje, os dois costumam
apenas escutar a oferta da direção da CBF e aceitá-la.
Para o Mundial da Alemanha, em 2006, a CBF tinha
acertado pagar R$ 300 mil a
cada atleta. Em 2002, na Copa da Coreia e do Japão, o
pentacampeonato rendeu R$
250 mil para cada um.
Nesta temporada, a confederação faturará mais de R$
200 milhões apenas com patrocínios. A CBF tem acordo
com dez empresas para explorar a imagem da seleção.
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