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São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2003

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OS PERSONAGENS

Estrelas santistas foram invenções de "retranqueiro"

DA REPORTAGEM LOCAL

Ironia da bola, a gênese da dupla Diego e Robinho, símbolo do "futebol moleque" que o Santos leva a campo na decisão de hoje, talvez não ocorresse sem o dedo de um dos treinadores brasileiros mais perseguidos pela fama de retranqueiro: Celso Roth.
Foi o gaúcho que lançou, no início de 2002, as duas maiores estrelas santistas.
O primeiro, Diego, logo na estréia do Santos no Rio-São Paulo, no dia 20 de janeiro.
O meia pisou no gramado da Vila Belmiro aos 13min do segundo tempo, substituindo Eduardo Marques, titular que há meses vinha arrastando a condição de promessa santista.
O novato não marcou, levou um cartão amarelo, mas agradou. Ao término do torneio, já era titular da equipe.
Robinho estreou no profissional dois meses depois, no dia 24 de abril, também na Vila. Entrou no lugar de Robert aos 41min do segundo tempo, em uma vitória por 2 a 0 diante do Guarani.
Diferentemente de Diego, porém, continuou no banco ao longo do Rio-São Paulo.
"O Robinho era ainda mais franzino do que hoje. Tínhamos receio de um choque forte", explica Roth.
Robinho, no entanto, deve ainda mais a outro "retranqueiro": o ex-volante Zito, hoje dirigente santista.
"No começo de 2002, fui assistir à estréia dos juniores do Santos na Copa São Paulo e relacionei sete jogadores para o profissional. O Diego estava lá. O Robinho não jogou e não entrou na lista", afirma Roth, que dirige o Atlético-MG no Brasileiro.
"No dia seguinte, o Zito me procurou e pediu para que eu deixasse o Robinho treinar por uma semana. Aceitei e, depois de dois dias, fiquei pasmo, sem entender por que ele não jogava entre os juniores", completou.


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