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São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2003

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Leão quer isolar meninos durante as 36 horas

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico do Santos, Emerson Leão, quer que seus jogadores tenham o menor contato possível com os argentinos durante as 36 horas que a equipe vai passar em Buenos Aires.
Além de não divulgar previamente o hotel no qual o time se hospedou na cidade, Leão proibiu qualquer entrevista a jornalistas locais -só depois da partida o acesso aos atletas será liberado.
Para garantir a tranquilidade do elenco, o treinador convenceu a diretoria santista a contratar 15 seguranças. Eles receberam a equipe no aeroporto de Ezeiza, ontem, e só serão dispensados na madrugada de amanhã, quando a delegação retorna ao Brasil.
Tudo faz parte de uma estratégia de Leão para evitar que informações extracampo possam prejudicar o rendimento de seu time. Ontem, por exemplo, o técnico desdenhou da Bombonera, o mitológico estádio do Boca.
"O que tem em La Bombonera que na Vila Belmiro não tem? O Santos é um time de elite e tem que se comportar como tal."
Para ele, o Boca Juniors tenta valorizar seu estádio. "Eles têm que supervalorizar mesmo o que é deles. Tem que comprar por dois e vender por dez."
Os jogadores aprovam a tática do comandante. "Não temos parentes na Argentina, e o negócio é ficar lá o mínimo possível. Se eu pudesse, voltava logo depois do jogo", disse o lateral Léo.
Os atletas também minimizam a suposta força da torcida do Boca. "O jogo será difícil, mas não por causa da torcida. O Boca tem um bom time", declarou Ricardo Oliveira, que com nove gols é o artilheiro desta Libertadores.
O goleiro Fábio Costa e o zagueiro Alex também preferiram valorizar o rival em vez de tecer elogios ao entusiasmo dos fãs do time mais popular da Argentina.
Em meio à preocupação pela recepção ao Santos, Leão ficou aliviado ao saber que o árbitro colombiano Oscar Ruiz foi escalado para o confronto. "Ele tem um bom currículo", justificou.


Colaborou Maurício Eirós, free-lance para a Agência Folha, de Santos


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