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Inglaterra muda de novo e escala só um no ataque
Técnico Eriksson adota a quarta escalação em quatro jogos e, sem Owen, isola Rooney na frente contra equatorianos
Seleção sul-americana terá o retorno de cinco titulares poupados no jogo anterior, enquanto o English Team não contará com Neville
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A STUTTGART
A Inglaterra vai para a sua
quarta partida na Copa com a
quarta formação diferente e
hoje, diante do Equador em
Stuttgart, às 12h, deverá adotar
até um novo sistema tático.
Contusões, em especial, explicam o Mundial mutante do
English Team. Se, no começo
do torneio, o único problema
era a recuperação da fratura no
pé de Rooney, depois vieram as
lesões de Gary Neville (panturrilha) e Owen (joelho). O segundo já voltou para casa, pois
rompeu ligamento e não joga
mais neste ano.
O zagueiro Ferdinand é outro lesionado, mas sua presença hoje é esperada. ""Estou mais
otimista com Ferdinand, pois
sua contusão [lesão muscular]
é menos séria", disse o técnico
Sven-Göran Eriksson.
Carragher, zagueiro do Liverpool, vinha ""quebrando galho" na lateral direita por ser
ótimo defensor, mas hoje quem
deve substituir Neville é Hargreaves, uma forma de ajudar
mais Beckham pela faixa direita do campo -Carrick entra no
meio e estréia em Copas.
Quem deve ficar na reserva é
o atacante Crouch. Ele começou os dois primeiros jogos na
vaga de Rooney, mas Eriksson
planeja contra o Equador jogar
no 4-5-1, só com o xodó da torcida no ataque. Os ingleses têm
só três atacantes de ofício no
elenco agora: Rooney, Crouch e
Walcott, 17, que espera ser o
mais jovem a marcar em Copas,
mas que até agora não atuou.
""Não me arrependo dos atacantes que trouxe nem de nada", disse o sueco, criticado ainda por ter levado só quatro jogadores de frente -dois em má
forma física e um novato.
Eriksson disse que pode até
tirar Beckham se ele continuar
abaixo das expectativas. ""Eu já
tirei o Beckham antes. Farei isso de novo se achar que não está fazendo seu trabalho. Ele
não tem nenhum favorecimento por ser o capitão. Estou preparado para fazer o que for preciso para as coisas não darem
errado", disse o técnico, que se
despede do time após a Copa.
A imprensa inglesa considerou Beckham praticamente nulo contra a Suécia. Mas o badalado meia inglês se defende:
""Meu jogo é ter a bola. Para
render bem, preciso receber a
bola com espaço. Então posso
passar para alguém fazer o gol.
Tenho feito isso por muitos
anos. Em 99% das vezes, coloco
a bola no lugar certo".
Beckham, que falhou na marcação nos dois gols do empate
com a Suécia, na última rodada,
tem o apoio dos companheiros.
"Ele está atuando muito bem.
As críticas me surpreendem",
disse o zagueiro Terry.
O time demonstra estar confiante. ""Está na minha agenda
vencer a Copa. Vi os jogos do
Equador. Alterna passes curtos
e longos e tem bons atacantes.
Dificultará para nós, mas estou
otimista", falou Eriksson.
O Equador, surpresa positiva
da Copa nas duas primeiras rodadas, voltará a usar seu time
principal. A decisão de poupar
cinco atletas contra a Alemanha e a conseqüente segunda
posição no grupo geraram críticas na imprensa equatoriana.
""Temos que melhorar se quisermos avançar na Copa. Não
fomos bem contra a Alemanha,
mas podemos aprender com os
erros para não repeti-los", disse
o técnico Luis Fernando Suárez, que tem como principal arma Delgado, artilheiro do país
em Copas, com três gols, e
maior goleador da seleção na
história (31 gols em 70 jogos).
NA TV - Inglaterra x Equador
Globo, Sportv, Bandsports, ESPN
Brasil e Directv, ao vivo, às 12h
Eriksson só perdeu uma vez para sul-americanos >> www.folha.com.br/061741
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