São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006

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Solo artificial já gera novo confronto

DA REPORTAGEM LOCAL

A Copa da África do Sul, em 2010, pode ser a primeira a ter gramados artificiais. É o que já admitiu o presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter.
Mas a questão já gera um conflito entre dirigentes e jogadores. O sindicato mundial de atletas (Fifpro) posicionou-se contra a utilização do artifício.
Para isso, levou em conta pesquisas com atletas em países europeus. Feitas por sindicatos locais, enquetes na Áustria, na Itália, na Alemanha e na Eslovênia mostraram que a maioria deles não quer jogar em solos artificiais.
No país da Copa, 90% dos alemães disseram que só aceitam jogar em gramados naturais. A pesquisa indicou que 80% entendem que estariam mais expostos a contusões em outros campos. E metade deles acha que a qualidade do jogo seria afetada.
"As empresas [de grama artificial] fazem lobby na Fifa, que dá a classificação que permite que seus campos sejam utilizados. Tem que pagar para receber o aval da Fifa. E os jogadores não estão sendo ouvidos", contou o holandês Tich Tummers, integrante do departamento técnico do sindicato de atletas.
Para ele, a experiência mostra que gramados artificiais aumentam a possibilidade de contusões nos joelhos e tornozelos. Tummers afirma que quatro anos é pouco tempo para desenvolver mais os campos não-naturais.
A Fifa já permite gramados artificiais nas eliminatórias da Copa do Mundo e na Taça Libertadores. (RM)


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