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Solo artificial já gera novo confronto
DA REPORTAGEM LOCAL
A Copa da África do Sul,
em 2010, pode ser a primeira a ter gramados artificiais. É o que já admitiu o
presidente da Fifa, o suíço
Joseph Blatter.
Mas a questão já gera
um conflito entre dirigentes e jogadores. O sindicato mundial de atletas (Fifpro) posicionou-se contra
a utilização do artifício.
Para isso, levou em conta pesquisas com atletas
em países europeus. Feitas por sindicatos locais,
enquetes na Áustria, na
Itália, na Alemanha e na
Eslovênia mostraram que
a maioria deles não quer
jogar em solos artificiais.
No país da Copa, 90%
dos alemães disseram que
só aceitam jogar em gramados naturais. A pesquisa indicou que 80% entendem que estariam mais expostos a contusões em outros campos. E metade deles acha que a qualidade do
jogo seria afetada.
"As empresas [de grama
artificial] fazem lobby na
Fifa, que dá a classificação
que permite que seus campos sejam utilizados. Tem
que pagar para receber o
aval da Fifa. E os jogadores
não estão sendo ouvidos",
contou o holandês Tich
Tummers, integrante do
departamento técnico do
sindicato de atletas.
Para ele, a experiência
mostra que gramados artificiais aumentam a possibilidade de contusões nos
joelhos e tornozelos. Tummers afirma que quatro
anos é pouco tempo para
desenvolver mais os campos não-naturais.
A Fifa já permite gramados artificiais nas eliminatórias da Copa do Mundo e
na Taça Libertadores.
(RM)
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