DA REPORTAGEM LOCAL

Eram cerca de 70 jornalistas, 20 câmeras, dez cartolas, 30 jogadores, vários seguranças na porta e até o ídolo Raí. Apresentado com pompa pelo presidente Juvenal Juvêncio, Ricardo Gomes chegou ao São Paulo com muita companhia.
A expectativa em torno do técnico era proporcional ao tempo que seu antecessor Muricy Ramalho ficou no clube, três anos e meio.
No primeiro treino, foi recebido por atletas com uniformes amarelo e preto. Eles usavam camisas preto e cinza na despedida do ex-técnico. Seu primeiro encontro com os jogadores foi em reunião para motivá-los.
Falou o tempo inteiro, enquanto batia palmas. Aplicado, decorou os nomes de todos os atletas, até do recém-chegado Diogo, que era lateral-esquerdo dos juniores.
O grupo são-paulino tem o tamanho ideal, disse Ricardo Gomes, maior do que na Europa. Com esse elenco, prefere usar o esquema 4-4-2.
Sua carreira europeia começou como técnico do Paris Saint-German, onde comandou Raí. "É um dos atletas mais inteligentes com que joguei, ao lado do Leonardo", referendou o ex-camisa 10.
Ricardo Gomes foi afável, pensou antes de responder cada pergunta, elogiou o elenco à disposição e foi humilde. "Vou tentar conversar com o Muricy. Ter informações com ele", disse. Encantou cartolas e deixou os jogadores aparentemente satisfeitos. Do lado de fora, a torcida organizada Independente cancelou protesto. Resta saber como será no Morumbi, no sábado. (RM)


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