DA REPORTAGEM LOCAL

Endividado, o Franca só evitou o vexame de deixar o Paulista masculino por causa de uma ajuda estatal de última hora. O time mais tradicional do basquete do país terá patrocínio do Banco do Brasil para disputar o Estadual.
Sem um parceiro forte desde a saída da Marathon, em 2001, o clube deve estampar em sua camisa o logotipo da Previ, o fundo de pensão do banco, ou do Ourocard por causa da estratégia de marketing do banco, que já tem contrato com a Confederação Brasileira de Vôlei e com os principais tenistas do país, como Gustavo Kuerten e Flávio Saretta.
A Folha apurou que a negociação do contrato foi feita diretamente pelo prefeito de Franca, Gilmar Dominici (PT). O acerto final com a diretoria do banco aconteceu após uma reunião em Brasília na última quinta-feira.
Os valores do acordo ainda não foram divulgados, mas o patrocínio deve durar por pelo menos uma temporada. O Franca, maior vencedor da história do Nacional, com seis títulos (1990, 91, 93, 97, 98 e 99), havia pedido uma verba mensal de R$ 125 mil. Porém deve receber R$ 80 mil. O valor é suficiente para montar uma equipe competitiva para o Paulista, que vale seis vagas no Nacional-2004.
Da equipe que ficou em nono lugar no último Brasileiro, o Franca manteve os alas Chuí, Jefferson e Fernando Penna e o pivô Macetão. Já foram contratados o ala-pivô Edu Mineiro (ex-Uberlândia) e o pivô Fabião (ex-Casa Branca).
O maior reforço é o armador Demétrius, que estava no Minas. "Estou só aguardando a oficialização do acordo para acertar tudo", disse Demétrius, pouco antes de viajar para Porto Rico para defender o Brasil no Pré-Olímpico.
O dinheiro do Estado vem em um momento crítico para do Franca. Atualmente, as dívidas do clube são de cerca de R$ 200 mil.
Com o patrocínio, a meta agora é contratar mais dois jogadores: um ala e um pivô. O preferido da lista é o dominicano Vargas, que marcou época na equipe. O pivô, porém, já assinou contrato com um clube chileno e só poderia se apresentar no final do ano.


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