São Paulo, segunda-feira, 25 de outubro de 2010

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

Defesa que ninguém passa

JUCILEI SAÍA como volante pela esquerda. Elias fazia isso pela direita, acompanhado por Marcos Assunção.
Para que o Palmeiras equilibrasse a marcação, Tinga teve de perseguir Jucilei, em vez de marcar Roberto Carlos. Na prática, significou o duelo do lateral corintiano com o garoto Luís Felipe, 19, estreante no clássico. Não foi acaso que o gol de Bruno César tenha começado com o domínio de Roberto Carlos e seu passe para o chute da entrada da área.
O duelo entre Roberto Carlos e Luís Felipe era tão desigual que Felipão tirou o garoto no intervalo. Escalou Valdivia no lugar de Lincoln e fez seu time controlar a bola no campo ofensivo.
Não que tenha dominado o segundo tempo. O Corinthians esperou a chance de contra-atacar e protegeu seu sistema defensivo, como Adilson preferiu não fazer.
Em 17 partidas com o ex-treinador, só três vezes a defesa não foi vazada. Dos três jogos seguintes, em dois o time não sofreu gol. "Você bloqueia o meio-campo e ganha o jogo", diz Jucilei. O Corinthians quer ter a defesa que ninguém passa.
Isso não significa ser retranqueiro, mas cuidar para que o posicionamento defensivo seja eficiente. Na história de Tite, o trabalho mais impressionante foi o do Grêmio de 2001, que ganhou a Copa do Brasil marcando por pressão. Depois, o Inter do melhor ataque de 2009. Ambos tinham bom posicionamento defensivo e sofriam poucos gols.
A reorganização do Corinthians exige isso para disputar o título. É mais fácil consegui-lo em jogos contra rivais em formação, como Felipão faz questão de definir o Palmeiras. Em busca da Copa Sul-Americana, o Palmeiras continua marcando bem -quando tem sua defesa titular. Mas, atacando mal, completou um ano inteiro sem vencer seu maior adversário pela primeira vez desde 2006.

PRIORIDADE VERDE
Felipão quer a Sul-Americana, e não se trata do chavão de que o caminho é mais curto para a Libertadores. Ele já disse que o caminho também é árduo, contra Atlético- -MG, Goiás ou Avaí na semifinal, e LDU, Independiente, Tolima ou Newell's na final. O Brasileiro e a Sul-Americana levam à Libertadores, mas ninguém vai comemorar o sexto lugar no Nacional. Já o título sul-americano o Palmeiras não tem há 11 anos.


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