|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
JUCA KFOURI
Injustiças da história
A injustiça em relação a
Muller (e, em certa medida,
também em relação a Mauro
Galvão), só é comparável à
feita com Paulo Roberto Falcão em 1978, na Argentina.
São injustiças com craques
em situações opostas.
Em 1978, Falcão já era bi
brasileiro no fabuloso time do
Inter de 1975 e 1976, estava
prestes a ser aclamado Rei de
Roma, mas, em todo caso, estava em começo de carreira.
Brilhante carreira, que fez
dele dos mais completos jogadores do futebol mundial.
Como Zico, em 1974, esquecido pelo próprio Zagallo,
também no início da carreira.
Uma carreira até mais brilhante que a de Falcão.
Muller vive o fim da sua,
jogando como nunca.
Como Mauro Galvão.
Há uma série de argumentos
contra a convocação de ambos, além da "coerência".
Aumentariam a já alta média de idade da seleção, estiveram em outras Copas sem
sucesso (Muller, aliás, em três
delas), há jogadores do mesmo nível entre os convocados.
É verdade e é mentira.
Porque não há argumento
maior que o futebol dos dois
neste momento e castigá-los
com a rejeição é o mesmo que
castigar o próprio futebol.
Que Zagallo não se arrependa amargamente durante a
Copa da França. Amém.
Penúltima chamada já feita,
escalemos para alegria dos sádicos a seleção do momento
desta volúvel coluna.
Carlos Germano; Cafu, Júlio
César, Mauro Galvão e Roberto Carlos; Dunga, Zé Elias,
Muller e Rivaldo; Romário e
Ronaldinho, com Denílson
entrando no segundo tempo
sempre, 12º titular.
E, para completar: Dida e
Rogério; Adílson (ex-Grêmio),
Antônio Carlos (do Roma) e
Serginho (do São Paulo); César Sampaio, Raí, Leonardo e
Giovanni; e Jardel.
Comandando este grupo, a
exemplo do que houve em
1970, até eu seria campeão.
Élber e André Cruz ficam
fora por contusão. Marcelinho
não entra porque ainda não
voltou a ser o que era.
Ao Corinthians, para variar,
só restou o Paulistão. Continua sem vencer nenhum
grande na temporada e não
adianta reclamar de uma arbitragem que expulsou bem
Rincón e validou o gol de Mirandinha em impedimento.
Melhor perspectiva tem o
Santos, que segue vivíssimo
na Copa do Brasil, mais importante que o Estadual.
E o Cruzeiro de Dida se enche de moral para pegar o
Vasco na Libertadores.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|