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BASQUETE
Técnico do Vasco torce por rival
Vira-casaca se estressa
para vencer o campeão
LUÍS CURRO
da Reportagem Local
"Fico cansado, rouco, de cabelo
branco, estressado."
Desse modo, o técnico do Vasco,
Alberto Bial, 45, resume seu estilo
de comando no Vasco da Gama,
única equipe carioca com chance
de ir à final do Campeonato Nacional masculino de basquete.
O time disputa uma das semifinais, em playoff melhor de cinco
jogos, contra o atual campeão brasileiro, Marathon/Franca.
Na noite de anteontem, na primeira partida, no Rio, o Vasco
venceu por 101 a 91. Hoje, acontece a segunda da série, em Franca.
De tão empolgado em suas
orientações aos jogadores do Vasco e nas comemorações após cada
vitória (chegou a chorar após a
classificação às semifinais), é difícil acreditar que Bial torça para
outro time, o Fluminense.
Ele, porém, não gosta de comentar o assunto. "Fica até chato dizer que sou torcedor do Flu dirigindo o Vasco", diz.
Mas Bial confirma que, quando
adolescente, frequentava estádios
e torcia para o rival. "Era de uma
torcida organizada. Ia com amigos, fazia bagunça, mas sem violência", afirma.
No Vasco, Bial conquistou o Estadual de 97 e prega o discurso do
bom profissional. "Deixo de lado
o time de criança e visto a camisa:
torço para o Vasco."
O treinador veste a camisa ao pé
da letra: nos jogos, usa uma pólo
que tem a cruz de malta, símbolo
do clube. "Fico mais elegante do
que se usasse um blazer", diz ele.
Não é a primeira vez que Bial
"vira a casaca": já dirigiu também o Botafogo, time pelo qual foi
campeão estadual em 91.
Pelo Fluminense, foi cinco vezes
campeão estadual de basquete como jogador, nos anos 70. Mas como técnico, em 96, fracassou.
Em Rio Claro, o Brastemp recebe o Polti-COC e tenta empatar a
outra série. Anteontem, perdeu
em Ribeirão Preto por 92 a 87.
NA TV - Na Sportv, às 11h,
Marathon x Vasco; às 19h,
Brastemp x Polti-COC
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