São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 2008

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Cruzeiro, 100%, goleia o Santos

No Mineirão, técnico Emerson Leão sofre derrota mais ampla de sua atual gestão na Vila Belmiro

Cruzeiro 4
Santos 0

DA REPORTAGEM LOCAL

A meta era remotivar o time depois da eliminação na Libertadores. Agora, Emerson Leão terá que remotivar o Santos para o clássico contra o São Paulo e para se recuperar da maior goleada sofrida pelo time em sua atual gestão com o técnico.
Além de assegurar 100% de aproveitamento ao Cruzeiro, que lidera isoladamente o Brasileiro após três rodadas, a goleada de ontem foi a primeira vez em que o Santos levou mais de três tentos em 2008.
"Não serve de desculpa", afirmou o lateral-esquerdo Kléber após o jogo, em alusão à eliminação nas quartas-de-final da Libertadores na quinta-feira. "A equipe não fez por merecer e ainda jogou totalmente errado no segundo tempo."
Ainda que feita em campo após a partida (quando os jogadores costumam falar de cabeça quente, sobretudo depois de amargar um placar adverso de 4 a 0), a avaliação foi precisa.
Depois de uma etapa inicial até certo ponto equilibrada, a defesa do Santos se perdeu.
Os dois times buscaram o ataque no primeiro tempo, e ambos tiveram boas chances (apesar de a maioria delas terem sido do campeão mineiro).
Mesmo depois de abrir o placar aos 19min, com Guilherme, o Cruzeiro seguiu pressionando. Só não ampliou na etapa inicial por dois pecados de Wagner. Primeiro, o meia perdeu "gol feito" dentro da área após belo passe de Ramires. Depois, acertou o travessão de Fábio Costa em tiro longo.
A melhor chance do Santos foi com Molina, que perdeu seu gol cara a cara com Fábio aos 33min. Mas Kléber Pereira também teve sua oportunidade, concluída em chute fraco e rasteiro no centro do gol.
Com a torcida empurrando o Cruzeiro na volta do intervalo, o time partiu para o ataque, acuando o Santos -a saída de Molina para a entrada de Wesley não gerou maior articulação no meio, e os atacantes santistas ficaram na frente, isolados.
Antes mesmo de anotar seu segundo tento, depois de receber passe açucarado de Jonathan, aos 18min, Guilherme perdera ótima chance.
Leão então sacou o volante Adriano para a entrada do meia Rodrigo Tabata. Assim, o hiato que havia entre ataque e meio se deslocou para o setor entre defesa e meio, justamente por onde os meias Wagner e Maicosuel e os volantes Ramires e Jonathan deitaram e rolaram.
Aos 25min, Wagner foi lançado em contragolpe. Bateu Marcinho Guerreiro na corrida e fez o terceiro para o Cruzeiro.
O Santos então desmoronou, aparentemente desejando que o tempo acelerasse para o jogo terminar logo, sobretudo depois que o zagueiro Fabão, visivelmente sem condição de seguir em campo, passou a se arrastar na retaguarda, porque Leão já fizera as três alterações.
Já os donos da casa trocavam passes, estimulados pelo "olé" da arquibancada. Mas não deixavam de lado a objetividade.
Na primeira chance que teve para finalizar, Maicosuel recebeu passe de Guilherme e mandou para fora. Mas, aos 34min, após ser acionado po Jonathan, deu números finais ao confronto. (LUÍS FERRARI)


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