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Cruzeiro, 100%, goleia o Santos
No Mineirão, técnico Emerson Leão sofre derrota mais ampla de sua atual gestão na Vila Belmiro
Cruzeiro 4
Santos 0
DA REPORTAGEM LOCAL
A meta era remotivar o time
depois da eliminação na Libertadores. Agora, Emerson Leão
terá que remotivar o Santos para o clássico contra o São Paulo
e para se recuperar da maior
goleada sofrida pelo time em
sua atual gestão com o técnico.
Além de assegurar 100% de
aproveitamento ao Cruzeiro,
que lidera isoladamente o Brasileiro após três rodadas, a goleada de ontem foi a primeira
vez em que o Santos levou mais
de três tentos em 2008.
"Não serve de desculpa", afirmou o lateral-esquerdo Kléber
após o jogo, em alusão à eliminação nas quartas-de-final da
Libertadores na quinta-feira.
"A equipe não fez por merecer e
ainda jogou totalmente errado
no segundo tempo."
Ainda que feita em campo
após a partida (quando os jogadores costumam falar de cabeça quente, sobretudo depois de
amargar um placar adverso de
4 a 0), a avaliação foi precisa.
Depois de uma etapa inicial
até certo ponto equilibrada, a
defesa do Santos se perdeu.
Os dois times buscaram o
ataque no primeiro tempo, e
ambos tiveram boas chances
(apesar de a maioria delas terem sido do campeão mineiro).
Mesmo depois de abrir o placar aos 19min, com Guilherme,
o Cruzeiro seguiu pressionando. Só não ampliou na etapa
inicial por dois pecados de
Wagner. Primeiro, o meia perdeu "gol feito" dentro da área
após belo passe de Ramires.
Depois, acertou o travessão de
Fábio Costa em tiro longo.
A melhor chance do Santos
foi com Molina, que perdeu seu
gol cara a cara com Fábio aos
33min. Mas Kléber Pereira
também teve sua oportunidade, concluída em chute fraco e
rasteiro no centro do gol.
Com a torcida empurrando o
Cruzeiro na volta do intervalo,
o time partiu para o ataque,
acuando o Santos -a saída de
Molina para a entrada de Wesley não gerou maior articulação
no meio, e os atacantes santistas ficaram na frente, isolados.
Antes mesmo de anotar seu
segundo tento, depois de receber passe açucarado de Jonathan, aos 18min, Guilherme
perdera ótima chance.
Leão então sacou o volante
Adriano para a entrada do meia
Rodrigo Tabata. Assim, o hiato
que havia entre ataque e meio
se deslocou para o setor entre
defesa e meio, justamente por
onde os meias Wagner e Maicosuel e os volantes Ramires e Jonathan deitaram e rolaram.
Aos 25min, Wagner foi lançado em contragolpe. Bateu
Marcinho Guerreiro na corrida
e fez o terceiro para o Cruzeiro.
O Santos então desmoronou,
aparentemente desejando que
o tempo acelerasse para o jogo
terminar logo, sobretudo depois que o zagueiro Fabão, visivelmente sem condição de seguir em campo, passou a se arrastar na retaguarda, porque
Leão já fizera as três alterações.
Já os donos da casa trocavam
passes, estimulados pelo "olé"
da arquibancada. Mas não deixavam de lado a objetividade.
Na primeira chance que teve
para finalizar, Maicosuel recebeu passe de Guilherme e mandou para fora. Mas, aos 34min,
após ser acionado po Jonathan,
deu números finais ao confronto.
(LUÍS FERRARI)
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