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Grandes de SP assistem ao sofrimento dos camisa 1
Falhas, contusões e desavenças com torcedores tiram do são-paulino Rogério, do corintiano Fábio Costa e do palmeirense Marcos a unanimidade em seus clubes
RICARDO PERRONE
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Motivo de orgulho num passado recente, a camisa 1 virou dor de
cabeça para os principais times de
São Paulo. Falhas e críticas de torcedores abalam o são-paulino Rogério, o corintiano Fábio Costa e o
palmeirense Marcos, outrora
considerados intocáveis.
Fábio Costa, que deixou o Santos no começo do ano, chegou como ídolo ao Parque São Jorge. No
novo clube, porém, ele já coleciona desentendimentos com torcedores: discutiu rispidamente com
pelo menos três.
Nos 5 a 0 para o Atlético-PR, Fábio Costa foi vaiado e, após se desentender com um torcedor que
invadiu o campo, ouviu a torcida
gritar pelo reserva Rubinho.
Considerado um dos responsáveis pela conquista do Brasileiro-02 pelo Santos, em cima do Corinthians, ele não repete em sua equipe atual o repertório de defesas
que apresentou naquela decisão.
Hoje, amarga o fato de ser o goleiro mais vazado do Brasileiro.
Sofreu 22 gols em dez jogos. "O
gol não é só responsabilidade da
defesa. Quando todos marcam
bem, fica mais difícil para o adversário. Isso tem acontecido nos últimos jogos", disse Fábio Costa.
No Parque Antarctica, Marcos
também desagradou à torcida no
último jogo que fez, antes de machucar o pulso e o polegar esquerdos no treino da seleção brasileira
para enfrentar a Argentina.
Ele foi considerado culpado pelos torcedores por pelo menos
três dos quatro gols sofridos no
empate com o Santo André que
eliminou a equipe da Copa do
Brasil. Foi xingado pela torcida.
"Talvez o meu ciclo no Palmeiras
tenha acabado", falou na ocasião.
No Brasileiro, contra o Internacional, recebeu um recuo, mas,
quando foi fazer o toque para um
companheiro, chutou a bola em
cima de Nilmar, que fez o gol.
Marcos diz que ele e seus colegas de posição são mais cobrados
do que os outros jogadores.
"Os goleiros ficam muito tempo
nos clubes, por isso chamam mais
a atenção. Quando acontece a
queda, todo mundo critica. A torcida quer que a gente sempre faça
milagres, mas isso não é possível",
disse o pentacampeão mundial.
O também pentacampeão Rogério vive situação parecida após
a eliminação na Libertadores. O
capitão são-paulino, tratado como herói por suas defesas de pênalti e gols de falta, passou a ser
questionado por dirigentes e torcedores após o fracasso nas semifinais do torneio internacional.
Alguns cartolas reclamam que o
goleiro, por conta própria, tentou
segurar o resultado de 1 a 1 contra
o Once Caldas para levar a partida
para os pênaltis. Após a falha que
decretou a derrota para o Paysandu, no último domingo, pelo Brasileiro, Rogério entrou na alça de
mira da Tricolor Independente,
principal organizada do clube.
"O futebol é assim, em segundos você passa do céu ao inferno.
Sempre somos exaltados pelos
torcedores nos momentos bons,
mas temos de assumir a responsabilidade nas horas ruins. Fico
chateado, mas a vida continua."
No Santos, a situação também é
ruim. O clube queimou três titulares do gol neste ano. Doni foi dispensado pela diretoria, enquanto
Júlio Sérgio e Mauro não conquistaram a confiança de Vanderlei
Luxemburgo. Após falhas dos
dois, ele pediu a contratação de
outro goleiro. O chileno Tapia estréia hoje como o quarto candidato a substituir Fábio Costa.
Colaborou Toni Assis,
da Reportagem Local
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