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Esquema não afetou Série B, diz promotor
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público acredita
que esquema de fraude de resultados não irá promover alterações
no Brasileiro da Série B.
Apesar da implicação -comprovada através de gravações de
conversas telefônicas- do árbitro Paulo José Danelon no esquema, o Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado não crê que tenham ocorrido
resultados arranjados na segunda
divisão. "Na Série B não houve
atuação desse grupo porque ela
não tem aposta. A segunda divisão não tem cotação nos sites.
Não houve adulteração de resultados", declarou Roberto Porto,
promotor do Gaeco.
Danelon apitou apenas quatro
partidas ainda durante a primeira
fase do Brasileiro da Série B.
O árbitro apitou em favor do esquema de fraude de resultados
somente em jogos do Paulista,
ainda no primeiro semestre, de
acordo com as investigações.
Na Série B, Danelon atuou nas
vitórias do Ituano sobre Portuguesa (4 a 0) e Marília (2 a 1), no
triunfo do Paulista sobre o Guarani (4 a 0) e na derrota do Santo
André para o mesmo clube de
Campinas (2 a 1).
Esses jogos, ainda que poucos,
foram cruciais para o torneio. Se
anulados, a classificação sofreria
alterações significativas.
Entre os oito clubes que disputariam a segunda fase -que encerrou sua segunda rodada no último sábado-, o Guarani cederia
seu lugar ao Vila Nova.
O clube goiano, pelos critérios
de classificação, integraria o Grupo A, junto com Santa Cruz, Santo André e Portuguesa. A chave B
contaria a presença de Marília,
Grêmio, Náutico e Avaí.
Os dois melhores de cada grupo
jogam entre si a terceira fase, que
terá dois turnos. O campeão e o
vice da Série B serão alçados à divisão principal no ano que vem.
Se não desperta grandes controvérsias no topo da tabela, é entre
os clubes rebaixados que pode haver batalhas jurídicas.
A anulação das partidas de Danelon colocaria em xeque a queda
à Série C de alguns dos clubes
mais tradicionais do país.
O Vitória seria poupado do descenso. Nesse caso, o Paulista, de
Jundiaí, campeão da Copa do
Brasil, é quem despencaria para a
terceira divisão do Brasileiro.
A diretoria do time baiano já
avisou que deve entrar em breve
com ação no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pedindo a anulação das partidas que
tiveram a presença de Danelon.
Já o Bahia, campeão brasileiro
em 1988, também deve questionar seu rebaixamento. O clube
também estuda a possibilidade de
tentar se salvar da queda.
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