São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2005

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Esquema não afetou Série B, diz promotor

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério Público acredita que esquema de fraude de resultados não irá promover alterações no Brasileiro da Série B.
Apesar da implicação -comprovada através de gravações de conversas telefônicas- do árbitro Paulo José Danelon no esquema, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado não crê que tenham ocorrido resultados arranjados na segunda divisão. "Na Série B não houve atuação desse grupo porque ela não tem aposta. A segunda divisão não tem cotação nos sites. Não houve adulteração de resultados", declarou Roberto Porto, promotor do Gaeco.
Danelon apitou apenas quatro partidas ainda durante a primeira fase do Brasileiro da Série B.
O árbitro apitou em favor do esquema de fraude de resultados somente em jogos do Paulista, ainda no primeiro semestre, de acordo com as investigações.
Na Série B, Danelon atuou nas vitórias do Ituano sobre Portuguesa (4 a 0) e Marília (2 a 1), no triunfo do Paulista sobre o Guarani (4 a 0) e na derrota do Santo André para o mesmo clube de Campinas (2 a 1).
Esses jogos, ainda que poucos, foram cruciais para o torneio. Se anulados, a classificação sofreria alterações significativas.
Entre os oito clubes que disputariam a segunda fase -que encerrou sua segunda rodada no último sábado-, o Guarani cederia seu lugar ao Vila Nova.
O clube goiano, pelos critérios de classificação, integraria o Grupo A, junto com Santa Cruz, Santo André e Portuguesa. A chave B contaria a presença de Marília, Grêmio, Náutico e Avaí.
Os dois melhores de cada grupo jogam entre si a terceira fase, que terá dois turnos. O campeão e o vice da Série B serão alçados à divisão principal no ano que vem.
Se não desperta grandes controvérsias no topo da tabela, é entre os clubes rebaixados que pode haver batalhas jurídicas.
A anulação das partidas de Danelon colocaria em xeque a queda à Série C de alguns dos clubes mais tradicionais do país.
O Vitória seria poupado do descenso. Nesse caso, o Paulista, de Jundiaí, campeão da Copa do Brasil, é quem despencaria para a terceira divisão do Brasileiro.
A diretoria do time baiano já avisou que deve entrar em breve com ação no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pedindo a anulação das partidas que tiveram a presença de Danelon.
Já o Bahia, campeão brasileiro em 1988, também deve questionar seu rebaixamento. O clube também estuda a possibilidade de tentar se salvar da queda.


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