DA REPORTAGEM LOCAL
DO PAINEL FC

A avaliação da Fifa sobre o Brasil praticamente elimina seis cidades da disputa para receber a Copa de 2014.
No capítulo sobre transporte urbano, Florianópolis, Maceió, Natal, Rio Branco, Campo Grande e Cuiabá aparecem como municípios que hoje não têm capacidade de serem cidades-sedes.
A revelação já traz turbulência política para Ricardo Teixeira. "Será que teremos de apoiar a CPMI de Corinthians e MSI para que expliquem em Brasília a escolha das cidades?", declarou Ideli Salvatti (PT-SC), líder do partido no Senado.
A senadora se recusou a assinar o pedido de abertura da CPMI, que Teixeira tem feito lobby para evitar. O cartola argumenta que a investigação atrapalharia a candidatura brasileira ao Mundial.
A petista questiona a exclusão de Florianópolis. "Como explicar que uma cidade que pode se desenvolver com a Copa e continuar recebendo turistas depois vai ficar fora, enquanto cidades como Goiânia, sem atrativos turísticos, são incluídas?", disse.
O relatório da Fifa traz um pequeno resumo sobre a estrutura de transporte de cada candidata. Em comum, as seis consideradas inadequadas têm o fato de apresentar o ônibus como principal meio de transporte e a ausência de linhas de metrô.
Concorrentes que não receberam nenhuma restrição também apresentam as linhas de ônibus como principal meio de locomoção, como Belém e Manaus.
O documento também revela que a abertura do Mundial será no Morumbi.
Por receber a partida inaugural, São Paulo é apontada também como provável sede do congresso da Fifa que sempre antecede o primeiro jogo da competição.
A capital paulista, Rio de Janeiro e Brasília são citadas como candidatas a receber o centro de imprensa.
Entre as cidades que foram consideradas inadequadas, só Florianópolis causou surpresa entre alguns colaboradores do presidente da CBF.
A restrição a Maceió não foi surpresa. Desde que começou a crise envolvendo o senador alagoano Renan Calheiros, os auxiliares de Teixeira dizem que a cidade só entraria no mapa da Copa se ele saísse ileso.
Segundo esses colaboradores, outras cidades vetadas agora foram incluídas somente porque o cartola precisava de apoio político. Seus aliados dizem que, a cada eliminação, ele argumentará tratar-se de decisão da Fifa.
Informalmente, a CBF diz que nenhuma candidata foi descartada. E que continuará pleiteando 12 sub-sedes. Para a Fifa, a Copa deve ter de 8 a dez cidades, mas o Brasil apresentou 18, o que ajudou na costura política. (RP E RM)


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