São Paulo, quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

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entrevista

Técnico crê em título mundial e cita Fidel

DA REPORTAGEM LOCAL

Após dez anos, ele volta a chefiar a seleção de beisebol. E diz que o Brasil pode ser campeão mundial de novo. "Isso, campeão mundial, como em 93, em Londrina, quando ganhamos o torneio júnior [até 16 anos] com 12 seleções", diz o cubano Orlando Santana, que treina o Guarulhos e é olheiro do Chicago White Sox.0 (CCP)

 

FOLHA - Como avalia o beisebol do Brasil hoje?
ORLANDO SANTANA -
Em 93, o esporte era restrito aos japoneses. Hoje a mentalidade é diferente. Apesar da queda no número de atletas, a qualidade subiu. E é mais fácil acertar o beisebol do Brasil que mudar o regime de Fidel Castro.

FOLHA - Você prefere descendentes ou não-descendentes?
SANTANA -
Não existe isso. Para enviar para fora, tem que ter técnica e vigor físico. A técnica japonesa e a força física do brasileiro nos dão vantagem. E aqui o atleta joga por amor.

FOLHA - Seus times levam a inscrição Tupa Maru. Por quê?
SANTANA -
Em Cuba, soubemos que havia no Uruguai grupo de valentes revolucionários, os Tupamaros. Usamos o nome para o time. Aqui, no Guarulhos, os atletas usaram o nome para me homenagear, e o time mostrou garra.

FOLHA - Há conflito por treinar seleção, clube e ser olheiro?
SANTANA -
Não. Uma coisa é revelar talentos, apontá-los para que desenvolvam mais no beisebol, vivam clima de clube grande. Outra é usá-los na seleção e torná-la uma campeã.

FOLHA - Você recruta garotos por onde passa, até em bares?
SANTANA -
Em todo lugar. Aqui, é só futebol. Tenho que fazer o pequeno gostar do beisebol. Se não fizer isso, não sai. Paulo Orlando [jardineiro central], por exemplo, era do atletismo. Hoje é dos White Sox.


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