São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 2003 |
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FUTEBOL Equipe de Geninho volta a jogar pela esquerda, vence União Barbarense de virada e mantém escrita no Estadual Canhoto, Corinthians avança no Paulista
EDUARDO ARRUDA DA REPORTAGEM LOCAL O Corinthians de Geninho ontem lembrou o de Parreira. Por uma simples razão: o lado esquerdo. Por lá, o time construiu a vitória por 2 a 1 sobre o União Barbarense que o levou às semifinais do Campeonato Paulista. O principal responsável pela proeza foi Kléber, que retornou ontem ao time. Ele comandou a equipe durante a maior parte do jogo. O atleta, revivendo a principal opção ofensiva do Corinthians, fez assistências, criou chances e deixou o time "penso", como não queria Geninho. Segundo o Datafolha, 63% das ações ofensivas corintianas ocorreram pelo lado esquerdo -Kléber e Jorge Wágner, que fez as vezes de Gil ontem, foram os mais acionados do time. Com o resultado de ontem, o time do Parque São Jorge mantém a escrita de ficar entre os quatro primeiros colocados desde a edição de 1986. Em 1985, terminou o Estadual em quinto lugar. Ontem, o rival, na tentativa de neutralizar as descidas de Kléber, buscava o ataque pelo lado direito de seu ataque, com Rodriguinho e Gilson Batata. Não adiantou. Aos 9min, o time de Geninho quase chegou ao gol por seu lado mais forte. Kléber tabelou com Fumagalli, invadiu a área, mas chutou para fora. Mas foi pelo mesmo setor que quase levou o gol. Em um lance que surgiu após erro de Vampeta, Luciano avançou pela esquerda e cruzou para Romualdo na área. Doni, com um tapa na bola, conseguiu evitar o gol. O Corinthians insistia em atacar pela esquerda. Jorge Wágner, por esse setor, sofreu falta perto da área. Ele mesmo bateu, assustando o goleiro Cristiano. Kléber, de novo, foi à frente e, em sua jogada mais característica, cruzou para Liedson na área. O atacante corintiano pegou de primeira, mas Cristiano espalmou. Despretensioso ofensivamente, o União Barbarense recebeu um presente. A defesa corintiana falhou, Gilson Batata ficou cara a cara com Doni e tocou no canto para fazer 1 a 0, aos 25min. Só que o Corinthians tinha Kléber. Ele cobrou falta, pela esquerda, um minuto depois, na cabeça de Liedson, que tocou para empatar. Cristiano tocou na bola, mas não o suficiente para evitar o gol. Não deu nem tempo para o visitante comemorar e muito menos para os corintianos se enervarem. O jogo, então, seguiu na mesma toada: o time do Parque São Jorge atacava, o rival, acanhado, se defendia. Primeiro foi Fumagalli, que recebeu lançamento de Leandro, mas finalizou para fora. Depois, Jorge Wágner quase fez ao receber passe de Kléber. O trio Kléber, Jorge Wágner, Liedson continuou a apavorar os defensores de Santa Barbara D'Oeste no segundo tempo. Os corintianos tiveram o trabalho facilitado porque o União, precisando da vitória, tentou deixar de lado a retranca. Para isso, Ivo Secchi colocou Rivaldo para explorar as descidas de Kléber. Não adiantou muito. Aos 4min, o lateral cobrou falta no travessão. No rebote, Liedson marcou, mas o árbitro anulou o gol alegando falta do atacante em Cristiano. Pouco depois, foi Jorge Wagner quem entrou na área, mas chutou torto perdendo ótima chance. Aos 23min, o meia-atacante foi para a direita cobrar escanteio, tabelou com Rogério, e cruzou para Fábio Luciano, que marcou, de cabeça, o gol da vitória. Texto Anterior: Marcos diz que rival é favorito Próximo Texto: Geninho veta tema Palmeiras no vestiário Índice |
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