São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 2006

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VÔLEI

As batalhas em quadra

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Dos quatro times que batalham por uma vaga na final da Superliga masculina, o Florianópolis é o que terminou o fim de semana com situação mais confortável: tem duas vitórias sobre o Banespa/São Bernardo. Para se classificar, precisa de mais um resultado positivo em um dos três próximos jogos.
Mas afinal, o que facilitou tanto a vida do time catarinense? O Banespa errou muito, principalmente na tentativa de forçar o saque. No primeiro jogo das semifinais, deu 41 pontos para o adversário com seus erros. No segundo confronto, errou mais ainda: foram 43 pontos.
Mas o Florianópolis também tem seus méritos: está com o time certinho. Tem dois jovens centrais, Éder, 22 anos e 2,05 m, e Sidão, 23 anos e 2,03 m, que estão jogando muito.
Mas o destaque é o levantador Bruninho, 19 anos e 1,90 m. Ele dá muita velocidade ao time e tem desequilibrado o jogo.
Não por acaso, o técnico Renan estava preocupado depois da última vitória sobre o Banespa, no sábado. Bruninho deixou a quadra, no quarto set, com dores no púbis. Sem ele, o Florianópolis perde e muito no seu ritmo de jogo. O próximo confronto já será na quarta, em Florianópolis.
Uma curiosidade sobre Bruninho: ele joga com o mesmo número um que seu pai, o técnico Bernardinho, atuava quando era também levantador. Talentoso como a mãe, a ex-atacante Vera Mossa, ele mostra na quadra outra característica do pai: o esforço e a intolerância com os próprios erros.
Do lado do Banespa, resta uma certeza: o time não pode perder, se não será eliminado.
Mas a equipe é valente: ao longo do torneio também enfrentou situações adversas e chegou às semifinais. Apesar de tudo, acho difícil, e até surpreendente, se a série acabar em 3 jogos a 0 para o Florianópolis.
Se o Banespa acertar o saque, a situação pode se complicar e muito para o adversário. Sem contar que o time tem Leandrão, um oposto gigante, de 2,08 m e 22 anos. Quando ele solta a mão, é uma tormenta para os bloqueios. Sem contar que o seu saque, quando entra, é mortal.
Já o confronto entre Minas e Unisul está seguindo o roteiro esperado. Cada time venceu um jogo e, com tanto equilíbrio, é difícil apontar um favorito.
No campeonato, o Minas foi mais regular: teve a melhor campanha da primeira fase. Mas a Unisul está se acertando e tem o técnico Zé Roberto no comando.
Outra vantagem da Unisul é que Vinhedo, o levantador revelação da última temporada, voltou a conquistar a posição de titular na equipe. O jogador, que era do Banespa, demorou para se entrosar com o seu novo time e amargou muitos jogos na reserva.
Talentoso, Vinhedo pode fazer a diferença, da mesma maneira como aconteceu na temporada anterior quando ele foi campeão da Superliga.
Mas o Minas também tem Marlon, um levantador experiente, de 29 anos, que também tem feito uma boa Superliga. Ou seja, está tudo igual.

Europeu
O Sisley Treviso, do central brasileiro Gustavo, conquistou ontem o título da Liga dos Campeões da Europa. O time, atual campeão italiano, venceu na final o Iraklis Salonicco, da Grécia, por 3 sets a 1 (25/23, 23/25, 25/23 e 26/24), em Roma. Na decisão pelo terceiro lugar, o confronto foi entre duas equipes russas, e o Lokomotiv venceu o Dínamo, de Moscou, por 3 sets a 1.

Que fase!
A levantadora Fofão e a central Walewska não podem reclamar: nas duas últimas semanas, conseguiram grandes resultados no Perugia. Há quinze dias, o time venceu a Liga dos Campeões da Europa ao bater o Cannes, da França, por 3 a 0. No sábado, pelo Italiano, o Perugia, quarto colocado, derrotou o Novara, o líder, também por 3 a 0.

E-mail cidasan@uol.com.br


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