|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
As batalhas em quadra
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Dos quatro times que batalham por uma vaga na final
da Superliga masculina, o Florianópolis é o que terminou o fim de
semana com situação mais confortável: tem duas vitórias sobre o
Banespa/São Bernardo. Para se
classificar, precisa de mais um resultado positivo em um dos três
próximos jogos.
Mas afinal, o que facilitou tanto
a vida do time catarinense? O Banespa errou muito, principalmente na tentativa de forçar o saque.
No primeiro jogo das semifinais,
deu 41 pontos para o adversário
com seus erros. No segundo confronto, errou mais ainda: foram
43 pontos.
Mas o Florianópolis também
tem seus méritos: está com o time
certinho. Tem dois jovens centrais, Éder, 22 anos e 2,05 m, e Sidão, 23 anos e 2,03 m, que estão
jogando muito.
Mas o destaque é o levantador
Bruninho, 19 anos e 1,90 m. Ele dá
muita velocidade ao time e tem
desequilibrado o jogo.
Não por acaso, o técnico Renan
estava preocupado depois da última vitória sobre o Banespa, no
sábado. Bruninho deixou a quadra, no quarto set, com dores no
púbis. Sem ele, o Florianópolis
perde e muito no seu ritmo de jogo. O próximo confronto já será
na quarta, em Florianópolis.
Uma curiosidade sobre Bruninho: ele joga com o mesmo número um que seu pai, o técnico Bernardinho, atuava quando era
também levantador. Talentoso
como a mãe, a ex-atacante Vera
Mossa, ele mostra na quadra outra característica do pai: o esforço
e a intolerância com os próprios
erros.
Do lado do Banespa, resta uma
certeza: o time não pode perder,
se não será eliminado.
Mas a equipe é valente: ao longo do torneio também enfrentou
situações adversas e chegou às semifinais. Apesar de tudo, acho difícil, e até surpreendente, se a série
acabar em 3 jogos a 0 para o Florianópolis.
Se o Banespa acertar o saque, a
situação pode se complicar e muito para o adversário. Sem contar
que o time tem Leandrão, um
oposto gigante, de 2,08 m e 22
anos. Quando ele solta a mão, é
uma tormenta para os bloqueios.
Sem contar que o seu saque,
quando entra, é mortal.
Já o confronto entre Minas e
Unisul está seguindo o roteiro esperado. Cada time venceu um jogo e, com tanto equilíbrio, é difícil
apontar um favorito.
No campeonato, o Minas foi
mais regular: teve a melhor campanha da primeira fase. Mas a
Unisul está se acertando e tem o
técnico Zé Roberto no comando.
Outra vantagem da Unisul é
que Vinhedo, o levantador revelação da última temporada, voltou a conquistar a posição de titular na equipe. O jogador, que era
do Banespa, demorou para se entrosar com o seu novo time e
amargou muitos jogos na reserva.
Talentoso, Vinhedo pode fazer
a diferença, da mesma maneira
como aconteceu na temporada
anterior quando ele foi campeão
da Superliga.
Mas o Minas também tem Marlon, um levantador experiente, de
29 anos, que também tem feito
uma boa Superliga. Ou seja, está
tudo igual.
Europeu
O Sisley Treviso, do central brasileiro Gustavo, conquistou ontem o
título da Liga dos Campeões da Europa. O time, atual campeão italiano, venceu na final o Iraklis Salonicco, da Grécia, por 3 sets a 1 (25/23,
23/25, 25/23 e 26/24), em Roma. Na decisão pelo terceiro lugar, o
confronto foi entre duas equipes russas, e o Lokomotiv venceu o Dínamo, de Moscou, por 3 sets a 1.
Que fase!
A levantadora Fofão e a central Walewska não podem reclamar: nas
duas últimas semanas, conseguiram grandes resultados no Perugia.
Há quinze dias, o time venceu a Liga dos Campeões da Europa ao bater o Cannes, da França, por 3 a 0. No sábado, pelo Italiano, o Perugia,
quarto colocado, derrotou o Novara, o líder, também por 3 a 0.
E-mail cidasan@uol.com.br
Texto Anterior: Americano e Madureira decidem no Rio Próximo Texto: Ginástica: Laís se isola com mais prêmios na atual Copa Índice
|