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luta de classes
Pobre, Palmeiras iguala rico São Paulo
Com gasto bem menor em 2007, palmeirenses repetem aproveitamento dos são-paulinos, rivais no clássico de hoje
Rendimento dos dois times mostra ascensão alviverde e decadência da equipe do Morumbi, que tinha amplo domínio no ano passado
MÁRVIO DOS ANJOS
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Atolado em dívidas, o Palmeiras aposta em aspirantes ao
estrelato e veteranos. Clube de
maior renda do país, o São Paulo selecionou dois jogadores
fortes por posição. Resultado:
ambos têm desempenhos quase idênticos na temporada.
É o retrato dos rivais no primeiro clássico paulista no Brasileiro, hoje, no Morumbi.
Em 2007, os são-paulinos
têm aproveitamento de 66,7%
de pontos em 31 jogos. É um
número pouco superior aos
65,3% dos palmeirenses em 24
partidas. Vitória no clássico dará vantagem aos alviverdes.
O resultado impressiona pela
disparidade de investimento
dos dois clubes. Por Dagoberto,
o São Paulo pagará R$ 5,4 milhões. O maior desembolso do
Palmeiras foi com Pierre: R$
400 mil. Só nesses casos houve
investimento inicial.
Mas o abismo também persiste nos salários. O balanço
são-paulino prevê gasto de R$
11 milhões em contratos de direitos de imagem em 2007. No
Palmeiras, esse número é de
apenas R$ 2,2 milhões.
"Não tínhamos como investir. Buscamos atletas que não
eram consagrados e em faixa
etária para recuperar [o dinheiro]", conta o vice de futebol do
Palmeiras, Gilberto Cipullo.
No São Paulo, o técnico Muricy Ramalho diz não se preocupar com o preço do time, mas
aponta futura vantagem. "Para
disputar o Brasileiro, tem que
ter elenco. Tem que ver se esses
times que estão na frente têm."
Em ascensão, o Palmeiras
iniciou a rodada em quarto no
Nacional: ganhou todos os pontos disputados em maio. Em
queda, os são-paulinos obtiveram 6 de 12 pontos no mês.
"É um pouco prematuro fazer essa análise. Estamos no
início do ano. E o Palmeiras foi
pior no Paulista", diz o consultor da presidência do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.
Fato é que, em 2006, os palmeirenses só ganharam 47,8%
dos pontos, contra 68,5% dos
são-paulinos. Neste ano, a diferença é de pouco mais de 1%.
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