São Paulo, domingo, 27 de maio de 2007

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luta de classes

Pobre, Palmeiras iguala rico São Paulo

Com gasto bem menor em 2007, palmeirenses repetem aproveitamento dos são-paulinos, rivais no clássico de hoje

Rendimento dos dois times mostra ascensão alviverde e decadência da equipe do Morumbi, que tinha amplo domínio no ano passado


MÁRVIO DOS ANJOS
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Atolado em dívidas, o Palmeiras aposta em aspirantes ao estrelato e veteranos. Clube de maior renda do país, o São Paulo selecionou dois jogadores fortes por posição. Resultado: ambos têm desempenhos quase idênticos na temporada.
É o retrato dos rivais no primeiro clássico paulista no Brasileiro, hoje, no Morumbi.
Em 2007, os são-paulinos têm aproveitamento de 66,7% de pontos em 31 jogos. É um número pouco superior aos 65,3% dos palmeirenses em 24 partidas. Vitória no clássico dará vantagem aos alviverdes.
O resultado impressiona pela disparidade de investimento dos dois clubes. Por Dagoberto, o São Paulo pagará R$ 5,4 milhões. O maior desembolso do Palmeiras foi com Pierre: R$ 400 mil. Só nesses casos houve investimento inicial.
Mas o abismo também persiste nos salários. O balanço são-paulino prevê gasto de R$ 11 milhões em contratos de direitos de imagem em 2007. No Palmeiras, esse número é de apenas R$ 2,2 milhões.
"Não tínhamos como investir. Buscamos atletas que não eram consagrados e em faixa etária para recuperar [o dinheiro]", conta o vice de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo.
No São Paulo, o técnico Muricy Ramalho diz não se preocupar com o preço do time, mas aponta futura vantagem. "Para disputar o Brasileiro, tem que ter elenco. Tem que ver se esses times que estão na frente têm."
Em ascensão, o Palmeiras iniciou a rodada em quarto no Nacional: ganhou todos os pontos disputados em maio. Em queda, os são-paulinos obtiveram 6 de 12 pontos no mês.
"É um pouco prematuro fazer essa análise. Estamos no início do ano. E o Palmeiras foi pior no Paulista", diz o consultor da presidência do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.
Fato é que, em 2006, os palmeirenses só ganharam 47,8% dos pontos, contra 68,5% dos são-paulinos. Neste ano, a diferença é de pouco mais de 1%.


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