São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2008

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VÔLEI

A última chance


A seleção masculina da Itália, ainda tentando se erguer da crise, busca vaga em Pequim no Pré-Olímpico do Japão

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

NO SÁBADO começa o torneio Pré-Olímpico mais aguardado do ano. Quem diria, a Itália, atual vice-campeã olímpica e maior rival do Brasil nos últimos 20 anos no vôlei masculino, ainda não está classificada para os Jogos de Pequim. A seletiva do Japão é última chance para conseguir a vaga.
Os últimos dois anos foram duros para a Itália. A nova geração não é tão talentosa como as anteriores.
Além disso, atletas tiveram problemas de relacionamento com o técnico Gian Paolo Montali. Chegaram a pedir sua demissão e só foram atendidos no fim do ano passado.
Resultado: Andrea Anastasi, que também comandara a seleção antes de Montali e sem muito sucesso, foi chamado. O motivo da volta? O milagre que ele conseguiu com a Espanha: em setembro de 2007, venceu o Europeu com um time sem tradição.
Com Anastasi, a Itália já fracassou neste ano no Pré-Olímpico da Europa. A vaga para Pequim ficou com a Sérvia. Agora, no Japão, não pode vacilar. Por isso, Anastasi chamou atletas experientes como os levantadores Vermiglio e Meoni, o oposto Fei e o central Mastrangelo.
Nesse torneio, que vale também como Pré-Olímpico da Ásia, estarão em jogo duas vagas. Uma para a equipe asiática mais bem classificada e outra para o dono da melhor campanha. Estão inscritos, além da Itália, Japão, Argentina, Argélia, Austrália, Irã, Coréia e Tailândia. Os italianos não deverão ter problemas, os times são fraquinhos.
Quem também deve se classificar é o Japão, rival de estréia da Itália. A Argentina, bronze olímpico em 88, está em uma fase bem ruim. Na última Liga Mundial, não ganhou nenhum jogo. O técnico Jon Uriarte abriu mão da renovação e convocou veteranos para o Pré-Olímpico, como o oposto Marcos Milinkovic, 36, e o central Jorge Elgueta, 38.
A última vaga para Pequim será decidida no Pré-Olímpico de Portugal, na sexta-feira. A favorita é a Polônia, vice-campeã mundial. Portugal, dirigido pelo brasileiro Jorge Schmidt, tem vantagem de jogar em casa. Os outros times são Indonésia e Porto Rico.

VACILO CUBANO
Pela segunda vez seguida, a seleção masculina de Cuba está fora de uma edição dos Jogos Olímpicos. Na seletiva, os cubanos venceram Espanha, Taiwan e ganharam os dois primeiros sets da Alemanha, mas perderam de virada. Os alemães ficaram com a vaga.

FEMININO
Se o sorteio dos Jogos de Pequim seguir o critério do ranking da Federação Internacional de Vôlei, a seleção feminina do Brasil deverá cair na chave mais complicada, ao lado de Itália, Rússia, Sérvia, Cazaquistão e Argélia. O outro grupo deverá ficar com China, Cuba, EUA, Japão, Polônia e Venezuela.

cidasan@uol.com.br


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