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SEMIFINAIS/ ONTEM
Antes criticado, setor foi ponto forte do time
Zaga vai do inferno ao paraíso contra Turquia
O zagueiro Roque Júnior, que rebateu as críticas feitas à atuação da defesa brasileira nos últimos jogos, agita a bandeira brasileira
após a vitória sobre a Turquia
DOS ENVIADOS A SAITAMA
Para a defesa da seleção brasileira, a Turquia marcou o inferno
e o paraíso nesta Copa do Mundo.
Na estréia no torneio, contra o
mesmo adversário de ontem, os
zagueiros verde-amarelos foram
mal e tornaram-se o principal alvo de críticas dentro da equipe.
Na semifinal, porém, o trio de
zagueiros de Scolari, o mesmo
que abriu a Copa -Lúcio, Edmilson e Roque Júnior- , esteve soberbo, enquanto, à exceção de
Ronaldo, o ataque foi mal.
A partida contra a Turquia foi a
segunda no Mundial em que a seleção brasileira não sofreu gols.
Nada mal para quem terminou a
primeira fase na mira das críticas
e viu o resto do time sair em sua
defesa, inclusive o treinador.
As dúvidas persistiram na fase
decisiva. Contra a Inglaterra, pelas quartas-de-final, Lúcio quase
pôs tudo a perder ao falhar diante
do atacante Michael Owen. Ontem ele foi bem na marcação e
também no apoio ao ataque.
Mas a síntese da recuperação da
defesa nesta Copa chama-se Edmilson, sacado do time após a vitória por 2 a 1 sobre a Turquia,
pois desagradou Luiz Felipe Scolari. O zagueiro viu o segundo jogo do Brasil no banco, mas retomou a vaga contra a Costa Rica.
"Eu tenho confiança em Deus.
Na vida da gente, temos derrotas e
vitórias. Quando a gente está em
dificuldade, temos que ter a consciência de que algo melhor está
por vir e continuar trabalhando",
disse Edmilson ontem.
O mais regular dos zagueiros da
seleção, Roque Júnior desabafou
após a vitória de ontem. Assim
que o jogo acabou, ele pegou uma
bandeira do Brasil de um torcedor e passou a agitá-la em campo.
"Fizeram até críticas desrespeitosas. Acho que você pode criticar, mas tentando sempre ajudar.
Muitas vezes denigrem as pessoas
e os jogadores. Isso aconteceu algumas vezes. Mas a nossa tranquilidade prevaleceu porque temos consciência do trabalho."
Quando os zagueiros não conseguiram evitar que a Turquia levasse perigo ao gol, o time contou
com a boa fase de Marcos.
Ele dedicou a vitória a seu pai,
"seu Lau", que aniversariou ontem. O goleiro rezou após o término da partida, de braços abertos.
Sobre uma disputa com o goleiro
da Alemanha Kahn pelo posto de
melhor do Mundial na posição,
Marcos disse que prefere o título.
"Se formos campeões, deixo o
prêmio para ele."
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG, RODRIGO BUENO E SÉRGIO RANGEL)
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