|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AUTOMOBILISMO
Equipe foi punida, mas resultado do GP da Áustria, com Schumacher em primeiro, foi mantido
Ferrari desembolsa US$ 500 mil por quebra de protocolo
DA REPORTAGEM LOCAL
O Conselho Mundial da FIA decidiu ontem que a Ferrari terá que
pagar US$ 500 mil pela quebra de
protocolo no pódio de Zeltweg,
na Áustria. A "marmelada" na
chegada do GP austríaco de F-1,
no entanto, não foi punida, e o resultado da prova foi mantido.
A entidade afirmou que não
gostou "da maneira como as ordens da equipe foram dadas e executadas no GP da Áustria". No entanto, considerou impossível punir os pilotos porque eles têm, por
contrato, a obrigação de cumprir
ordens dadas pela equipe.
A multa recebida pela Ferrari é
de US$ 1 milhão. A escuderia terá
que pagar US$ 500 mil agora. Outros US$ 500 mil podem ser cobrados se ocorrer, no prazo de um
ano, episódio semelhante.
O valor cobrado não irá doer no
bolso da Ferrari, cujo orçamento
para este ano é de US$ 302 milhões -ou US$ 800 mil por dia.
No GP da Áustria, no dia 12 de
maio, a Ferrari ordenou que o
brasileiro Rubens Barrichello desse passagem a Michael Schumacher para que ele vencesse a prova
e se isolasse ainda mais na liderança do Mundial -hoje, o alemão soma 76 pontos.
Mas, apesar da repercussão negativa da decisão ferrarista, a FIA
decidiu punir a quebra do protocolo no pódio. Schumacher, que
recebeu o troféu de primeiro colocado do chanceler austríaco,
Wolfgang Schuessel, entregou-o a
Barrichello. O alemão ainda colocou seu companheiro de equipe
no lugar mais alto do pódio.
Segundo regulamento da F-1, "é
dever da equipe fazer com que
seus pilotos cumpram os procedimentos do pódio corretamente,
sem embaraçar as autoridades do
país que recebe a corrida".
Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, disse ter ficado
satisfeito com a decisão da FIA.
"Estamos de acordo, o pódio é
um momento sério, que ajuda a
compor a imagem da F-1. De resto, estamos satisfeitos com nossa
posição no Mundial", disse.
A Ferrari lidera os campeonatos
de construtores e pilotos.
Bernie Ecclestone, homem-forte da F-1, foi mais enfático. "O
comportamento de Michael foi
estúpido. Acho que ele ficou apavorado com a reação do público,
já que nunca havia passado por
uma situação dessas."
Além do piloto alemão, deram
explicações ontem ao conselho os
ferraristas Jean Todt, diretor esportivo, Ross Brawn, diretor técnico, e Rubens Barrichello.
A FIA afirmou que formará um
grupo para discussão e abrirá espaço em seu site (www.fia.com)
para que os internautas opinem
sobre o jogo de equipe na F-1.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Toni Negri: O futebol se antecipa à globalização Próximo Texto: Pilotos terão proteção para pescoço Índice
|