DO PAINEL FC

Acostumado a viver entre colegas rodeados de auxiliares, o meia-atacante Ronaldinho vai na contramão da tendência. O mais elogiado jogador brasileiro não tem assessor de imprensa. Quem quer entrevistá-lo tem de procurar a sua irmã, Deise, responsável pela sua agenda. O irmão Assis, ex-jogador, cuida dos contratos.
A solução caseira dá resultado. Ele aparece bem na mídia e nunca entra em polêmica.
Sem uma orientação especializada, enfrentou casos espinhosos, como a transferência litigiosa do Grêmio para o francês Paris-Saint Germain, que foi parar na Fifa, e o afastamento da seleção brasileira titular pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, em 2000, sob a alegação de que estava gordo.
No treino que antecedeu Brasil x Catalunha, no mês passado, em Barcelona, ele foi o jogador mais requisitado pela imprensa. Atendeu a todos, em português, espanhol e francês.
Nos negócios, também vai muito bem. Além de ser um dos principais garotos-propaganda da Nike, o craque do Barcelona estrela comerciais de marcas famosas na Espanha.
Outro jogador de expressão que não recorre a assessores especializados é o meia-atacante Rivaldo, hoje sem clube. (FV)


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