MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi o presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Eduardo José Farah, e não o Corinthians, quem ofereceu dinheiro e o projeto pronto para a ampliação do estádio Alfredo Schuring.
Os R$ 10 milhões, que sairão do cofre da entidade, serão repassados ao clube como antecipação das cotas de TV. Mesmo assim, segundo o acordo, haverá cobrança de correção monetária.
Na semana passada, Farah procurou o presidente corintiano, Alberto Dualib, e lhe mostrou o projeto, que aumentará a capacidade da "Fazendinha" de 18 mil para 35 mil lugares. Com as reformas, o ginásio Vicente Mateus ficará sob uma das arquibancadas. O espaço onde hoje ficam as quadras de squash e as poliesportivas será transformado em áreas de estacionamento do estádio.
Após visar o projeto, Dualib concordou com a realização da obra, que já havia sido apresentada à prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Marta pediu ao secretário municipal da Habitação, Paulo Teixeira, que agilizasse o trâmite.
Farah resolveu dar publicidade à iniciativa na reunião da assembléia dos clubes paulistas na FPF anteontem, quando foi aprovado o empréstimo para o Corinthians.
A liberação da verba, porém, só foi conseguida após o presidente palmeirense, Mustafá Contursi, ter tido assegurado o mesmo direito para reformas no Parque Antarctica. Os R$ 10 milhões oferecidos aos corintianos, no entanto, não serão suficientes. O restante será, em parte, conseguido com a venda dos 138 camarotes previstos para o estádio.
A pressa agora é para aprovar a reforma. Ontem, por telefone, o secretário Paulo Teixeira disse a Dualib que o assunto é sua "prioridade" e que em sete dias conseguiria liberar a sua autorização para o início das obras.


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