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TÊNIS
Brasil joga grupo em que 358º é a estrela
MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
Jean-Julien Rojer, 23 anos, atual
campeão do Future 2 da Guatemala, 358º do ranking mundial.
Esse deve ser o bicho-papão do
Brasil na Copa Davis em 2005.
Rojer, das Antilhas Holandesas,
é hoje o tenista mais bem ranqueado da terceira divisão, que a
equipe brasileira disputará pela
primeira vez desde a criação do
Grupo Mundial, em 1981.
O rebaixamento, iminente após
a sucessão de boicotes e derrotas
desde 2003, foi sacramentado anteontem, com a vitória peruana
nas duplas. Ivan Miranda (215º do
mundo) e Luis Horna (34º) bateram Ronaldo Carvalho (439º) e
Gabriel Pitta (734º) por 6/2, 6/2 e
6/3. O duelo terminou em 4 a 1.
Alexandre Camarço perdeu ontem por 2 a 1 de Matias Silva, jogador de tênis universitário. Leonardo Kirche, 19 anos e 682º do
mundo, fez o único ponto, sobre
Maurício Echavu, 15, por 2 a 0.
"É chato ver o Brasil cair. A gente tem tênis para estar no Grupo
Mundial, não na terceira divisão",
disse Pitta. O Peru, que também
passou por crises internas, mas
contou com força máxima, segue
no Grupo I do Zonal Americano
-equivalente à segunda divisão.
O Brasil se une a Jamaica, Cuba,
Bahamas, Uruguai, Bolívia, Antilhas Holandesas e República Dominicana (que perdeu ontem para os mexicanos por 5 a 0 no desempate zonal) no Grupo II para
tentar subir em 2005. Retorno à
elite só será possível, no mínimo,
eno ano de 2007.
Até lá, espera-se a volta das estrelas. Março é o prazo final para o
pleito na confederação. José Farani, dono da Academia de Tênis de
Brasília, é o nome da situação.
Liderado por Gustavo Kuerten,
o boicote à Davis foi um protesto
contra a gestão de Nelson Nastás.
Os tenistas disseram que só jogariam se ele deixasse o cargo. Hoje,
Nastás deve ver o relatório do Tribunal de Contas da União que
aponta irregularidade na CBT. Ele
não saiu e, com times fracos, o
Brasil perdeu de Paraguai e Venezuela. Antes, com a equipe principal, caíra para a segunda divisão.
Contra o Peru, o país usou o terceiro capitão, Carlos Alberto Kirmayr, e o terceiro time diferentes.
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