São Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2004

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TÊNIS

Brasil joga grupo em que 358º é a estrela

MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

Jean-Julien Rojer, 23 anos, atual campeão do Future 2 da Guatemala, 358º do ranking mundial. Esse deve ser o bicho-papão do Brasil na Copa Davis em 2005.
Rojer, das Antilhas Holandesas, é hoje o tenista mais bem ranqueado da terceira divisão, que a equipe brasileira disputará pela primeira vez desde a criação do Grupo Mundial, em 1981.
O rebaixamento, iminente após a sucessão de boicotes e derrotas desde 2003, foi sacramentado anteontem, com a vitória peruana nas duplas. Ivan Miranda (215º do mundo) e Luis Horna (34º) bateram Ronaldo Carvalho (439º) e Gabriel Pitta (734º) por 6/2, 6/2 e 6/3. O duelo terminou em 4 a 1.
Alexandre Camarço perdeu ontem por 2 a 1 de Matias Silva, jogador de tênis universitário. Leonardo Kirche, 19 anos e 682º do mundo, fez o único ponto, sobre Maurício Echavu, 15, por 2 a 0.
"É chato ver o Brasil cair. A gente tem tênis para estar no Grupo Mundial, não na terceira divisão", disse Pitta. O Peru, que também passou por crises internas, mas contou com força máxima, segue no Grupo I do Zonal Americano -equivalente à segunda divisão.
O Brasil se une a Jamaica, Cuba, Bahamas, Uruguai, Bolívia, Antilhas Holandesas e República Dominicana (que perdeu ontem para os mexicanos por 5 a 0 no desempate zonal) no Grupo II para tentar subir em 2005. Retorno à elite só será possível, no mínimo, eno ano de 2007.
Até lá, espera-se a volta das estrelas. Março é o prazo final para o pleito na confederação. José Farani, dono da Academia de Tênis de Brasília, é o nome da situação.
Liderado por Gustavo Kuerten, o boicote à Davis foi um protesto contra a gestão de Nelson Nastás. Os tenistas disseram que só jogariam se ele deixasse o cargo. Hoje, Nastás deve ver o relatório do Tribunal de Contas da União que aponta irregularidade na CBT. Ele não saiu e, com times fracos, o Brasil perdeu de Paraguai e Venezuela. Antes, com a equipe principal, caíra para a segunda divisão.
Contra o Peru, o país usou o terceiro capitão, Carlos Alberto Kirmayr, e o terceiro time diferentes.


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