São Paulo, domingo, 27 de outubro de 2002

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PINGUE-PONGUE

Para Penske, categoria deve acabar em 1 ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos criadores da Indy e o primeiro dos grandes a abandoná-la, Roger Penske, 65, diz que um dos principais motivos da crise que a categoria vive hoje foi a indecisão dos dirigentes.
"Chegamos num ponto em que não sabíamos o que seria", conta o dono da Penske, que já correu até na F-1. (TC)

Folha - Você acha que existe espaço para a Indy e a IRL?
Roger Penske -
Acho que não dá para comparar as duas. A IRL só corre em ovais, as especificações dos carros são diferentes. Acho que o ideal seria ficar com uma categoria só.

Folha - Em quanto tempo isso deve acontecer?
Penske -
Acho que a Indy não dura mais que 12 ou 18 meses.

Folha - O que teria causado a crise que a Indy atravessa?
Penske -
A indecisão prejudicou muito a categoria. Não sabíamos o que fazer. Ficamos esperando. E não dá para correr em uma categoria em que não se sabe quais são as regras.

Folha - Por que você decidiu levar sua equipe para a IRL?
Penske -
Minha decisão foi baseada no meu patrocinador [Phillip Morris". Automobilismo é um negócio e temos que olhar para o lado comercial. Fora isso, acho que as coisas mudaram muito na Indy.

Folha - Isso deve acontecer com outros times também?
Penske -
Acredito que sim. O que vai acontecer com a Indy é a falta de carros no grid. A categoria vai deixar de ser rentável para os patrocinadores, e eles decidirão o futuro dela.

Folha - Você se sente responsável de alguma forma pelo momento atual da Indy?
Penske -
Não. Já fazia algum tempo que não estava envolvido nas decisões. Acho que se a Indy não é forte para se manter sem um time, eles devem olhar sua estrutura. Eles não tiveram problemas para dispensar Michigan, Miami e Nazareth [pistas de sua propriedade". Não me arrependo de nada.

Folha - Você investiu muito tempo e dinheiro na Indy. Não dói vê-los assim?
Penske -
Honestamente, demos muito à Indy por muito tempo. Fui criticado por não correr em Indianápolis porque estava do lado da Cart. E faria tudo de novo se fosse hoje.


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