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TÊNIS
Alguma novidade?
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
O Aberto da Austrália nunca foi um evento que serviu
para confirmar o que já se sabia.
Ou seja, por anos e anos, ao longo
de décadas, as surpresas e as zebras sempre tiveram ali, em Melbourne, alguns de seus momentos
de glória.
Em uma época de Bjorn Borg,
Jimmy Connors, Guillermo Vilas,
quem apostava em um Brian
Teacher em 80? Carlos Moyá virou gente grande, é claro, mas
quem diria, nos primeiros dias de
97, que ele faria a final do Aberto
da Austrália com Pete Sampras?
O tcheco Petr Korda (muitos só
se lembrarão dele pelo doping)
era o favorito de alguém quando
chegou ao título do Grand Slam
australiano em 1998? Mais recentemente (e aí todos lembram), falávamos de Thomas Johansson
antes de o sueco bater Marat Safin e ficar com o canguru de pelúcia e o troféu em 2002?
Por outro lado, quantos favoritos já não despencaram nos primeiros jogos? Mas, agora, parece
que isso é só o passado. Neste ano,
o Aberto da Austrália só está
mostrando aquilo que já se sabe
há um bom tempo...
1 - Que André Agassi se prepara
para os Grand Slams de maneira
espetacular. Que, quase aos 34
anos, domina seu corpo como
poucos atletas fazem, mesmo aos
25, 27 anos. Até as semifinais, o
garoto de Las Vegas não perdeu
nenhum set. Não parece que ele
disputa o torneio feminino?
2 - Que Andy Roddick, Roger
Federer e Juan Carlos Ferrero estão aí mesmo e não foram meros
arroubos na temporada passada.
Sim, Roddick já não têm mais
chance de título e Federer e Ferrero já podem ter caído quando o
leitor aqui estiver, mas chegaram
até as quartas-de-final do Grand
Slam sem nenhum incômodo.
3 - Que ficamos com as irmãs
Williams ou ficamos com as tenistas belgas. É, ninguém gosta de ter
só dois fortes concorrentes a um
título em uma chave com 128 nomes, mas no feminino essa situação já não é de hoje.
4 - Que o Brasil tem Gustavo
Kuerten e Flávio Saretta; e a Argentina, David Nalbadian, Guillermo Cañas, Agustin Calleri,
Juan Ignacio Chela, Gastón Gaudio... Sem contar Guillermo Coria, triste, que caiu na estréia.
5 - Que o Brasil tem Gustavo
Kuerten, Flávio Saretta e ninguém mais.
6 - Que a temporada de Gustavo
Kuerten só começa mesmo em fevereiro, quando chegam os torneios no saibro. Pelo menos por
enquanto foi sempre assim.
7 - Que Flávio Saretta acha normal perder nas simples e fica empolgado com as duplas. Nada
contra; é só questão de gosto.
8 - Que Lleyton Hewitt continua
sendo um dos melhores e mais
ágeis tenistas do circuito, mas
que, apaixonado, anda um tanto
"avoado", fora do ar.
9 - Que continua difícil acompanhar na TV os melhores torneios do circuito profissional.
10 - Que Marat Safin, sem contusão, animado e, principalmente, com a cabeça no lugar, integra
o grupo dos cinco melhores do
mundo. O russo disse ter aproveitado a contusão para se divertir,
"viver as outras coisas". Agora,
diz, só quer saber de ganhar daqueles que ocuparam seu espaço.
Circuito infanto-juvenil
Pedro Feitosa foi vice-campeão da categoria 16 anos na segunda etapa do Circuito Cosat, na Colômbia. Tiago Lopes, Thomaz Belucci e
Teliana Pereira caíram nas semifinais da categoria 18 anos. Nesta semana, o Equador recebe a terceira etapa.
Azar é pouco
Magnus Norman sofre de novo com uma cirurgia no quadril. Vai ficar afastado das quadras por pelo menos mais dois meses. Se tudo
der certo, volta a competir só no Aberto da França, em maio.
Programa de luxo
Quem estiver no Guarujá na segunda pode ver a competição que dará vaga no Torneio da Costa do Sauípe. Será no Casa Grande Hotel.
E-mail reandaku@uol.com.br
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