ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de quatro anos de sonolência nos esportes de competição, São Bernardo despertou.
Por meio de parcerias, a cidade já montou times de basquete, handebol e futsal. O vôlei é a próxima meta. Assim, o município busca deixar a condição de gigante adormecido do ABC paulista.
Também quer fugir da sombra da vizinha São Caetano, hexacampeã dos Jogos Abertos.
"A médio prazo, podemos superar São Caetano. Eles dispõem de uma verba maior, mas temos mais potencial humano", acredita Edinho Montemor, secretário de Esportes de São Bernardo.
A principal aposta até agora foi no futsal, que fez acordo com o clube Banespa e contratou Manoel Tobias, Serginho, Índio, Gôda, Saad e Rosinha. Irá disputar a Liga Futsal, que começa em março, na condição de favorito.
No basquete masculino, a cidade fez acordo com a Databasket, empresa de Marcel, que irá coordenar as categorias de base e dirigir o time adulto. Antonio Carlos Vendramini, ex-Dom Bosco-MS, será o técnico do feminino.
"Nosso objetivo é formar jogadores. Mas, se conseguirmos um patrocínio, vamos disputar a Série A-1 do Paulista", conta Marcel.
O time feminino já contratou Márcia Sobral, Josiane e Patrícia Mara. Vendramini mantém contato com algumas brasileiras que estão na Espanha -casos de Silvinha, Cíntia e Maristela- e pensa em trazê-las, caso a prefeitura também arrume um parceiro.
"Não temos medo de começar pequeno, mas temos a ambição de pensar grande", afirma ele.
O time de handebol, formado com a fusão das equipes da Metodista e do Mesc, é um dos favoritos ao título da Liga Nacional.
É dirigido por Ivonete Sartori, assistente técnica da seleção brasileira, e deve contar com até nove jogadoras do time nacional: Eliane, Célia, Viviane Jacques, Valéria, Alessandra, Ana Amorim, Juceli, Sílvia Helena e Taira.
O vôlei terá a volta do MRV-Minas para no Paulista feminino, no segundo semestre. A prefeitura também quer ter um time masculino. Para isso, tenta outra parceria. "Graças a isso, gastamos menos nos nossos times", diz Montemor, que dispõe de um orçamento anual de R$ 1,8 milhão.
O futebol, porém, continua sem uma boa equipe. Enquanto São Caetano e Santo André chegaram à segunda fase do Paulista, São Bernardo nem conta com um representante na primeira divisão.


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