São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 2009

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Palmeiras é páreo ao de 1996 só na tabela

Times tiveram 8 vitórias e 1 empate nas nove rodadas iniciais do Paulista

Equipe de 2009, que hoje enfrenta com somente dois titulares o Guarani, peca por não apresentar harmonia entre o ataque e a defesa

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Na classificação, o Palmeiras 2009 de Vanderlei Luxemburgo, que hoje, às 16h, recebe o Guarani no Parque Antarctica, até é páreo para o time montado pelo treinador no clube que fez história no Paulista-1996.
Mas, na qualidade no jogo e na harmonia entre defesa e ataque, qualquer comparação da equipe atual com a de 13 anos atrás ainda é puro exagero.
Tanto em 1996 como agora o Palmeiras acumulou oito vitórias e um empate nas nove rodadas iniciais do Estadual.
E o equilíbrio acaba por aí.
Há 13 anos, o Palmeiras tinha um saldo positivo de 25 gols depois de nove rodadas. Agora, em igual número de jogos, essa marca é de 14 tentos. Ao final do Paulista-96, a diferença entre a média de gols pró e contra do Palmeira foi de 2,77 gols. No time atual, fica em 1,56 gol.
O Datafolha explica o motivo de o Palmeiras de 2009 ainda estar longe de ser uma máquina azeitada como o de 1996, que perdeu apenas um dos 30 jogos que fez naquele Paulista.
Em todos os fundamentos importantes, o time que tinha Djalminha, Rivaldo, Muller e Luizão era muito melhor do que a equipe em que hoje brilham Diego Souza, Cleiton Xavier, Willians e Keirrison -nenhum, por suspensão ou opção de Luxemburgo, joga hoje.
O time montado por Luxemburgo em 1996 marcava muito mais gols porque criava mais e finalizava com mais eficiência. Eram ao todo quatro conclusões a mais por partida, com aproveitamento de 46,3%, contra 41,6% da equipe atual. Isso significa que o time da década passada fazia 9,3 finalizações que acabavam em gol ou exigiam a defesa do goleiro -a equipe atual faz isso 6,7 vezes.
"Você não monta um time de futebol em um tubo de ensaio. Este time ainda vai evoluir muito", disse Luxemburgo, apostando em sua equipe atual.
Em 1996, eram 27 desarmes a mais por partida, em média, do que os realizados pelo time atual. E aquele Palmeiras ainda apelava menos às faltas.
Mesmo superofensivo, o time que encantou o país há 13 anos marcava muito, justamente o ponto fraco da equipe que lidera o Paulista com um ponto a mais e um jogo a menos do que o Corinthians.
O Palmeiras atuará hoje com um time quase todo reserva. Dos que enfrentaram o São Caetano, na quarta, só o goleiro Marcos e o lateral Armero (suspenso para o jogo contra o Colo Colo, na terça, pela Taça Libertadores) foram relacionados.
"As duas competições são prioridades. Temos um elenco, e ele deve ser usado", declarou Luxemburgo ao justificar a escalação de suplentes no Paulista. Mas, logo depois, ele afirmou que a torcida prefere a Libertadores por essa competição ter "mais peso".


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