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Palmeiras é páreo ao de 1996 só na tabela
Times tiveram 8 vitórias e 1 empate
nas nove rodadas iniciais do Paulista
Equipe de 2009, que hoje
enfrenta com somente dois
titulares o Guarani, peca por
não apresentar harmonia
entre o ataque e a defesa
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na classificação, o Palmeiras
2009 de Vanderlei Luxemburgo, que hoje, às 16h, recebe o
Guarani no Parque Antarctica,
até é páreo para o time montado pelo treinador no clube que
fez história no Paulista-1996.
Mas, na qualidade no jogo e
na harmonia entre defesa e ataque, qualquer comparação da
equipe atual com a de 13 anos
atrás ainda é puro exagero.
Tanto em 1996 como agora o
Palmeiras acumulou oito vitórias e um empate nas nove rodadas iniciais do Estadual.
E o equilíbrio acaba por aí.
Há 13 anos, o Palmeiras tinha
um saldo positivo de 25 gols depois de nove rodadas. Agora,
em igual número de jogos, essa
marca é de 14 tentos. Ao final
do Paulista-96, a diferença entre a média de gols pró e contra
do Palmeira foi de 2,77 gols. No
time atual, fica em 1,56 gol.
O Datafolha explica o motivo
de o Palmeiras de 2009 ainda
estar longe de ser uma máquina
azeitada como o de 1996, que
perdeu apenas um dos 30 jogos
que fez naquele Paulista.
Em todos os fundamentos
importantes, o time que tinha
Djalminha, Rivaldo, Muller e
Luizão era muito melhor do
que a equipe em que hoje brilham Diego Souza, Cleiton Xavier, Willians e Keirrison -nenhum, por suspensão ou opção
de Luxemburgo, joga hoje.
O time montado por Luxemburgo em 1996 marcava muito
mais gols porque criava mais e
finalizava com mais eficiência.
Eram ao todo quatro conclusões a mais por partida, com
aproveitamento de 46,3%, contra 41,6% da equipe atual. Isso
significa que o time da década
passada fazia 9,3 finalizações
que acabavam em gol ou exigiam a defesa do goleiro -a
equipe atual faz isso 6,7 vezes.
"Você não monta um time de
futebol em um tubo de ensaio.
Este time ainda vai evoluir
muito", disse Luxemburgo,
apostando em sua equipe atual.
Em 1996, eram 27 desarmes a
mais por partida, em média, do
que os realizados pelo time
atual. E aquele Palmeiras ainda
apelava menos às faltas.
Mesmo superofensivo, o time que encantou o país há 13
anos marcava muito, justamente o ponto fraco da equipe
que lidera o Paulista com um
ponto a mais e um jogo a menos
do que o Corinthians.
O Palmeiras atuará hoje com
um time quase todo reserva.
Dos que enfrentaram o São
Caetano, na quarta, só o goleiro
Marcos e o lateral Armero (suspenso para o jogo contra o Colo
Colo, na terça, pela Taça Libertadores) foram relacionados.
"As duas competições são
prioridades. Temos um elenco,
e ele deve ser usado", declarou
Luxemburgo ao justificar a escalação de suplentes no Paulista. Mas, logo depois, ele afirmou que a torcida prefere a Libertadores por essa competição ter "mais peso".
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